Paranapanema (PMAM3) aprova aumento de capital de até R$ 1 bi
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (17).
Enquanto os mercados globais derretem, uma ação listada na bolsa brasileira chegou a saltar mais de 20% nesta segunda-feira (7).
🚀 A "sortuda" é a Paranapanema (PMAM3), que lidera os ganhos do dia na B3 impulsionada pelo megainvestidor Luiz Barsi.
Maior investidor pessoa física da bolsa brasileira, Barsi elevou a sua participação na Paranapanema na última sexta-feira (4).
Com isso, passou a deter uma fatia de 5% da empresa e levou o mercado a olhar para os papeis da empresa.
🏭 A Paranapanema atua na produção de cobre e está em recuperação judicial desde 2022. Contudo, sobe quase 70% na bolsa no acumulado deste ano.
As ações ordinárias da companhia eram negociadas por R$ 1,03 no início do ano e tocaram em R$ 1,83 nesta segunda-feira (7), diante da notícia de que Barsi comprou uma nova fatia do negócio. Às 13h30, o papel subia 16%, a R$ 1,74.
Em comunicado, Barsi disse que o "aumento da participação acionária tem como objetivo a adequação de portfólio". Ele não pretende, portanto, fazer qualquer alteração no controle acionário da companhia ou de sua estrutura administrativa.
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Em recuperação judicial desde 2022, a Paranapanema segue em negociação com os credores, tanto que apresentou no início deste ano um pedido de aditamento ao seu plano de recuperação judicial.
A companhia também já mudou de comando em 2025. João Nogueira Batista foi destituído do cargo de Diretor Presidente e de Relações com Investidores em janeiro. E Vitor Saback foi eleito o novo presidente da empresa na última quarta-feira (2).
Antes disso, Saback atuava como como Secretário Nacional de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia e como conselheiro de Administração da Petrobras (PETR4).
💲 A companhia ainda mostrou uma reação operacional no quarto trimestre de 2024. Contudo, segue em prejuízo.
A produtora de cobre teve uma receita líquida de R$ 130 milhões no último trimestre do ano passado. A cifra subiu 77% em relação ao mesmo período de 2023, impulsionada por um maior volume de vendas.
Ainda assim, a Paranapanema teve um Ebitda ajustado negativo em R$ 83 milhões. Já o resultado líquido foi negativo em R$ 810 milhões no período, devido principalmente aos encargos financeiros de seus empréstimos e financiamentos.
No acumulado do ano, o prejuízo chegou a R$ 2,1 bilhões. "Através do seu Plano de Recuperação Judicial, a empresa espera obter maior acesso às linhas de financiamento para capital de giro e aumentar o seu volume de produção e vendas trazendo equilíbrio para seus resultados", destacou, no último balanço.