Lucro da Petrobras (PETR4) sobe 2,7% e alcança US$ 6,02 bi no 3T25

Apesar do lucro, a estatal registrou uma queda de 27,6% no fluxo de caixa livre, que somou US$ 4,9 bilhões no trimestre.

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Publicado em 06/11/2025 às 19:42h - Atualizado 7 horas atrás Publicado em 06/11/2025 às 19:42h Atualizado 7 horas atrás por Matheus Silva
A Petrobras também aprovou o pagamento de R$ 12,1 bilhões em dividendos (Imagem: Shutterstock)
A Petrobras também aprovou o pagamento de R$ 12,1 bilhões em dividendos (Imagem: Shutterstock)
💲 A Petrobras (PETR4) reportou nesta quinta-feira (6), um lucro líquido de US$ 6,03 bilhões no terceiro trimestre de 2025 (3T25), um crescimento de 2,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado veio bem acima das expectativas do mercado, o consenso da Bloomberg projetava um lucro de US$ 3,48 bilhões.
O desempenho da estatal foi sustentado por uma leve expansão da receita e ganhos operacionais, mesmo diante de uma queda relevante no fluxo de caixa livre. A receita líquida de vendas alcançou US$ 23,4 bilhões, alta de 0,5% em base anual. O Ebitda ajustado totalizou US$ 11,73 bilhões, avanço de 2,2% em relação ao 3T24.

Dividendos de R$ 12,2 bilhões confirmados

Junto à divulgação do balanço, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou o pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos intercalares, o equivalente a R$ 0,94320755 por ação ordinária ou preferencial. O valor será pago em duas parcelas:
  • R$ 0,47160378 por ação em 20 de fevereiro de 2026
  • R$ 0,47160377 por ação em 20 de março de 2026
Terão direito aos proventos os acionistas com posição em 22 de dezembro de 2025. A partir de 23 de dezembro, os papéis serão negociados ex-dividendos na B3. 
Para os detentores de ADRs na Bolsa de Nova York (NYSE), a data de corte será 26 de dezembro, com pagamentos iniciando em 27 de fevereiro e 27 de março de 2026, respectivamente.
A forma final de distribuição, se como dividendos ou juros sobre capital próprio (JCP), será definida até o dia 11 de dezembro de 2025.
A estatal reforçou que o pagamento está em conformidade com sua política de remuneração aos acionistas, que prevê distribuição de 45% do fluxo de caixa livre, desde que a dívida bruta permaneça abaixo de US$ 75 bilhões, teto definido no plano estratégico atual.

Queda no caixa, alta na dívida e aumento no custo de extração

Apesar do lucro expressivo, a Petrobras registrou uma queda de 27,6% no fluxo de caixa livre, que somou US$ 4,9 bilhões no trimestre. 
Segundo a companhia, os recursos foram destinados principalmente a investimentos (US$ 4,9 bilhões), amortizações de arrendamentos (US$ 2,4 bilhões), pagamentos aos acionistas (US$ 2,0 bilhões) e pagamento de dívidas (US$ 0,9 bilhão).
A dívida líquida da companhia cresceu 33,5%, chegando a US$ 59 bilhões, o que acendeu alertas no mercado, mesmo com a forte geração de caixa operacional.
📊 Já o lifting cost, indicador que mede o custo de extração por barril de óleo equivalente (boe), subiu 8,9%, para US$ 6,30/boe, considerando operações sem participação governamental e sem custos de afretamento.