🚨 O JPMorgan divulgou um relatório em que chama atenção para o risco de short squeeze no mercado acionário brasileiro em 2025, impulsionado pela combinação de alta acumulada expressiva no ano, posicionamento técnico e volatilidade de curto prazo.
Embora
o Ibovespa (IBOV) acumule valorização de 18% no ano, e o
índice MSCI Brasil, 27%, o banco destaca que muitos investidores acreditam que boa parte do mercado já foi reprecificada, o que, na visão dos analistas, pode ser uma leitura precipitada.
A volatilidade pontual pode gerar gatilhos técnicos suficientes para acionar recompras em massa de ações vendidas, mesmo em ativos considerados saturados.
Short squeeze: o que é e por que o Brasil é menos propenso
O fenômeno conhecido como short squeeze ocorre quando uma alta repentina no preço de uma ação força investidores vendidos (que apostam na queda) a recomprar os papéis para fechar suas posições, o que gera pressão adicional de compra e amplifica a valorização do ativo.
No Brasil, esse movimento tende a ser menos frequente do que em mercados desenvolvidos, devido a menor liquidez e maiores custos de transação, mas o JPMorgan observa que alguns casos de recompras forçadas já ocorreram em 2025, afetando a dinâmica de mercado.
O banco também chama atenção para o short interest ratio — a relação entre ações vendidas a descoberto e o free float —, que está acima de 2,5% há quase um ano, tendo subido de 3,5% para 3,8% nos últimos 40 dias.
Outro indicador relevante é o “days to cover”, que mede quantos dias seriam necessários, em média, para liquidar todas as posições vendidas de um papel.
Ações com risco elevado de short squeeze
O JPMorgan apontou empresas com classificação “overweight” (exposição acima da média recomendada), mas que apresentam elevado interesse vendido, o que, aliado a bons fundamentos, eleva o risco de disparada nos preços por efeito técnico.
📊 Ações com risco de short squeeze segundo o JPMorgan:
Além disso, setores como bens de consumo discricionário e bens essenciais apresentam short interest acima de 8%, com destaque negativo para nomes como
Magazine Luiza (MGLU3),
MRV (MRVE3),
Vivara e
Raízen, todas com posições vendidas superiores a 20%.
Potenciais explosões técnicas por “days to cover” elevado
O relatório do JPMorgan também lista companhias com o maior tempo médio necessário para cobrir posições vendidas — um fator que amplia o risco de alta forçada nos preços:
📈 Esses papéis, apesar de não figurarem entre os mais vendidos como percentual do free float, apresentam potencial elevado de movimento técnico agudo, caso haja mudança repentina no fluxo de mercado.