Ibovespa sobe 0,23% em dia morno com feriado nos EUA; BRKM5 e ASAI3 disparam

Já o dólar comercial subiu 0,52%, sendo cotado a R$ 5,675, enquanto os juros futuros (DIs) fecharam com queda ao longo de toda a curva.

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Publicado em 26/05/2025 às 18:00h - Atualizado 2 dias atrás Publicado em 26/05/2025 às 18:00h Atualizado 2 dias atrás por Matheus Silva
No pregão de hoje, a Braskem foi o destaque positivo do dia, com alta de 4,15% (Imagem: Shutterstock)

🚨 A segunda-feira (26) foi de pouca emoção na Bolsa brasileira, que operou em ritmo lento por conta do feriado do Memorial Day nos Estados Unidos.

Sem o principal motor de liquidez do mercado global, o Ibovespa encerrou o dia com alta modesta de 0,23%, aos 138.136 pontos, sustentado principalmente pelos bancos e pelas ações da Braskem (BRKM5).

O volume financeiro foi o mais baixo em um ano, o que evidenciou o impacto da ausência dos investidores norte-americanos. Já o dólar comercial subiu 0,52%, sendo cotado a R$ 5,675, enquanto os juros futuros (DIs) fecharam com queda ao longo de toda a curva.

Com Wall Street de portas fechadas, os mercados globais ficaram sem grandes vetores de direcionamento.

Na Europa, o destaque foi o adiamento de tarifas pelos EUA contra a União Europeia, após conversas entre Donald Trump e Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.

A notícia animou as bolsas do continente, mas o movimento teve pouco reflexo por aqui.

Haddad e Congresso trocam farpas sobre arcabouço

No Brasil, o dia também foi de poucas notícias. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a manutenção do arcabouço fiscal depende mais do Congresso, o que gerou reação imediata do presidente da Câmara, Hugo Motta, que rebateu: “Quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor”.

Haddad reiterou que o governo trabalha para “virar a página” do déficit estrutural, mas a sinalização não evitou o mal-estar político.

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Braskem e bancos sustentam o índice

No pregão, Braskem (BRKM5) foi o destaque positivo do dia, com alta de 4,15%, após a Novonor confirmar proposta de aquisição por parte de Nelson Tanure, via Unipar.

Entre os bancos, as altas foram mais contidas, mas ainda contribuíram positivamente: Banco do Brasil (BBAS3) subiu 1,02%, Santander (SANB11), 0,90%, e Itaú (ITUB4), 0,21%. Bradesco (BBDC4) oscilou, mas fechou com ganho de 0,51%.

Na outra ponta, Petrobras (PETR4) recuou 0,32%, acompanhando a leve queda do petróleo no mercado internacional.

A presidente da estatal, Magda Chambriard, mencionou a possibilidade de novos cortes nos preços dos combustíveis, caso o petróleo siga em queda.

Setor de proteína ainda sob pressão

As incertezas ligadas à gripe aviária e os impactos sobre exportações seguiram pressionando o setor de proteínas.

A Minerva (BEEF3) caiu 2,51%, BRF (BRFS3) cedeu 0,51%, enquanto Marfrig (MRFG3) contrariou a tendência com alta de 1,09%.

Já a JBS (JBSS3) teve forte queda de 3,63%, em meio aos ruídos sobre a possível dupla listagem de suas ações no exterior.

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Azul, Zamp e cautela no radar

A Azul (AZUL4) figurou entre os maiores ganhos do dia, com alta de 4,81%, mesmo após rebaixamento de recomendação por parte de uma casa de análise.

Já a Zamp (ZAMP3), por sua vez, teve queda de 6,96%, após forte valorização na sexta-feira em meio aos rumores de fechamento de capital.

O que esperar?

Com o retorno dos mercados norte-americanos nesta terça-feira (27) e a divulgação do IPCA-15 de maio, os investidores devem retomar a atenção ao ambiente macroeconômico.

📈 Em um cenário de inflação e juros ainda sensíveis, os próximos dados podem impactar as apostas sobre política monetária e dólar.