A semana começou com cautela nos mercados, com os investidores na expectativa pelas decisões de juros e recados dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos na quarta-feira (31). Com isso, o Ibovespa voltou a fechar no vermelho e o dólar subiu nesta segunda-feira (29).
💲 Principal índice da B3, o Ibovespa recuou 0,36%, aos 128.502 pontos. Já o dólar subiu 0,71%, interrompendo uma sequência de quatro baixas consecutivas. A moeda terminou o dia cotada aos R$ 4,95.
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⛽ O Ibovespa só não caiu mais porque a Petrobras (PETR4) teve mais um dia de alta na B3. Os papeis preferenciais da petroleira subiram 1,53% e as ações ordinárias avançaram 0,95%.
A Petrobras já havia obtido um valor de mercado recorde na sexta-feira (26), em meio à alta dos preços do petróleo, e divulgou notícias positivas após o fechamento da semana passada, como uma produção superior à meta em 2023 e a descoberta de indícios de petróleo na Margem Equatorial.
✈️ Já a Gol (GOLL4) liderou as perdas da B3 nesta segunda-feira (29). As ações da companhia aérea, que já haviam caído 17,78% na semana passada, desabaram 33,61% nesta segunda-feira (29). O papel terminou o dia cotado a R$ 3,93.
O recuo ainda reflete o pedido de recuperação judicial da companhia, apresentado na quinta-feira (25). Dados divulgados desde então mostram que a Gol deve para pelo menos cinco mil credores e terminou o quarto trimestre de 2023 com um patrimônio líquido negativo de R$ 23,35 bilhões.
A Vale (VALE3) e a Suzano (SUZB3) também caíram no pregão desta segunda-feira (29). A mineradora, que já vinha sofrendo com a queda dos preços do minério de ferro e com a próxima troca de comando, recuou 0,47% diante da falência da chinesa Evergrande.
Já a Suzano tomou 3,99%, após o JP Morgan cortar a recomendação para o papel de neutra para venda, por enxergar uma redução na demanda por celulose. A companhia aprovou na sexta-feira (26) a recompra de até 40 milhões de ações de emissão própria.
O mercado espera que o BCB (Banco Central do Brasil) corte a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, dos atuais 11,75% para 11,25%. Nos Estados Unidos, a expectativa é de que o Fed (Federal Reserve) mantenha a taxa de juros no patamar entre 5,25% e 5,5%.
Analistas aguardam, no entanto, recados sobre os próximos passos dos bancos centrais, sobretudo nos Estados Unidos. A expectativa é de que a taxa de juros americana caia durante 2024, mas o mercado ainda se divide sobre quando os cortes terão início: parte vê espaço para cortes a partir de março e parte diz que os juros americanos só devem começar a cair no meio do ano.
Em março, a Gol pediu intimação da Latam à corte norte-americana após a tentativa de apropriação de aeronaves.
A medida terá duração de 30 dias e visa permitir que a empresa conduza uma investigação completa do ocorrido.
