Metalúrgica Gerdau (GOAU4) registra lucro de R$ 863 mi no 2T25; queda de 9,1%
Entre abril e junho, o lucro líquido ajustado da companhia totalizou R$ 863 milhões, queda de 9,1% frente ao mesmo período de 2024.
 
                                    O Brasil deve voltar a cobrar impostos sobre o pagamento de dividendos em 2026. Por isso, há uma expectativa no mercado de que algumas empresas antecipem o pagamento de proventos neste ano para escapar da taxação.
💲 Em relatório enviado a clientes, o BTG explica que os dividendos declarados em 2025 não estarão sujeitos à tributação, mesmo se forem apenas pagos entre 2026 e 2028. E diz que essa possibilidade pode estimular um aumento nos anúncios de dividendos nesta reta final do ano.
"Seria natural supor que várias empresas podem decidir antecipar os pagamentos para evitar o imposto iminente", disse o BTG, que decidiu, então, estimar quais empresas têm mais chances de anunciar dividendos extraordinários em 2025.
Para o BTG, a lista de empresas que têm condições de anunciar "dividendos extraordinários substanciais" neste ano é "relativamente longa".
"O país tem crescido bem nos últimos quatro anos (acima de 3% ao ano), os lucros têm sido fortes e a alavancagem baixa", explicou o banco, lembrando ainda que os preços das ações brasileiras estão, no geral, deprimidos.
📊 O BTG acredita, então, que ao menos 20 empresas brasileiras poderiam anunciar dividendos que representariam um retorno de 10% ou mais para os seus acionistas ainda neste ano.
Empresas de serviços públicos e telecomunicações dominam a lista devido à geração de fluxo de caixa previsível e robusta, mas construtoras residenciais e empresas de materiais básicos também apresentam um bom potencial para o pagamento de dividendos extraordinários, segundo os analistas.
Entre as apostas do BTG, estão empresas como Gerdau (GGBR4), Isa Energia (ISAE4), Direcional (DIRR3), Copel (CPLE6) e Irani (RANI3). O destaque é da Metalúrgica Gerdau (GOAU4), que pode entregar um DY (Dividend Yield) de 20%, pelos cálculos do banco.
Veja as 20 apostas do BTG, com o retorno extraordinário projetado:
Para chegar a essa lista, o BTG considerou os seguintes fatores:
⚠️ O BTG ressaltou, contudo, que fatores subjetivos também influenciam as decisões das empresas. E lembrou que algumas companhias podem apresentar uma postura mais conservadora na distribuição de proventos, devido aos juros altos.
O banco avisou, portanto, que os dividendos que de fato serão pagos pelas empresas brasileiras podem "diferir substancialmente" dessa lista. Resta ver, portanto, se os anúncios de fato virão nos próximos meses.
O pagamento de dividendos é isento de IR (Imposto de Renda) no Brasil desde 1996 -diferente com o que acontece com os JCP (Juros sobre o Capital Próprio), que estão sujeitos a uma taxação de 15% de IR.
A taxação dos dividendos, no entanto, deve voltar a ser uma realidade no Brasil em 2026.
A tributação foi proposta pelo governo federal como uma forma de compensar a ampliação da faixa de isenção do IR, para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
A ideia do Executivo é taxar em 10% os lucros e dividendos que passam de R$ 50 mil por mês -ou seja, R$ 600 mil por ano- a partir do próximo ano.
A medida deve afetar cerca de 141,4 mil pessoas, ou menos de 3% dos investidores, pelos cálculos do governo. E já foi aprovada pela Câmara dos Deputados.
O texto deve ser votado pelo Senado Federal na próxima semana. A expectativa é de que o Senado confirme a taxação dos dividendos e ainda discuta outros projetos de compensação para a isenção do IR, para garantir que a medida não tenha impacto fiscal.
Entre abril e junho, o lucro líquido ajustado da companhia totalizou R$ 863 milhões, queda de 9,1% frente ao mesmo período de 2024.
A primeira distribuirá R$ 0,08 por ação, enquanto a segunda remunerará investidores com R$ 0,12 por ação