Braskem na mira: Tanure costura acordo com Novonor e mira apoio da Petrobras
Após apresentar uma proposta em parceria com a Novonor, ele agora busca apoio dos principais bancos credores da companhia.
🚨 O empresário Nelson Tanure intensificou seus esforços para assumir o controle da Braskem (BRKM5), maior petroquímica da América Latina, ao contratar o banco Rothschild & Co. para liderar negociações com os principais credores envolvidos no processo.
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, as conversas são decisivas para viabilizar sua proposta de aquisição da participação da Novonor (ex-Odebrecht) na companhia.
Tanure já havia fechado um acordo de exclusividade com a Novonor, atual controladora da Braskem, e agora busca destravar a complexa estrutura de garantias atreladas às ações da empresa, que hoje estão comprometidas com grandes bancos credores da Novonor.
Além dos bancos, o empresário pretende dialogar com a Petrobras (PETR4), segunda maior acionista da Braskem.
Em entrevista recente, ele afirmou que deseja manter a Novonor como acionista minoritária e quer oferecer à estatal um papel mais ativo dentro da companhia, em uma possível reestruturação de governança.
Boa parte das ações da Braskem em poder da Novonor está vinculada a dívidas contraídas junto a instituições financeiras, e qualquer mudança no controle exige, necessariamente, a anuência dos bancos credores.
A entrada do Rothschild, banco de investimento com histórico em reestruturações complexas, é vista como uma tentativa de dar tração às tratativas e reforçar a credibilidade da proposta.
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Tanure, que construiu fama no mercado por atuar em empresas em dificuldades financeiras, aposta em seu histórico como investidor ativista para convencer os bancos e a Petrobras de que sua entrada pode representar uma nova fase para a Braskem, marcada por estabilidade acionária e retomada de valor para os investidores.
Outro ponto central da estratégia de Tanure envolve a Petrobras. Mesmo com participação minoritária, a petroleira tem poder de influência sobre decisões estratégicas da Braskem, inclusive podendo vetar mudanças de controle acionário, conforme cláusulas do acordo de acionistas.
A sinalização do empresário de ampliar o espaço da estatal na gestão pode ser uma forma de atrair seu apoio para a transação.
A Petrobras, por sua vez, já sinalizou anteriormente interesse em vender sua fatia na Braskem, mas sob condições favoráveis de mercado e alinhadas a seu planejamento estratégico.
💲 Nesse cenário, a proposta de Tanure pode representar uma saída mais estruturada, embora ainda cercada de incertezas e resistência interna.
Após apresentar uma proposta em parceria com a Novonor, ele agora busca apoio dos principais bancos credores da companhia.
Em 2025, o BTG Pactual espera que a Braskem apresente um Ebitda ajustado de US$ 1,3 bilhão.