Gol (GOLL4) capta US$ 1,9 bi e caminha para fim da recuperação judicial
Financiamento deve cobrir os custos da recuperação judicial, além de garantir capital de juro para operações futuras.
A Gol (GOLL4) informou nesta terça-feira (28) que o seu controlador está explorando "oportunidades" com a Azul (AZULL4).
✈️ As companhias anunciaram um acordo para compartilhamento de voos na última sexta-feira (24), mas a combinação dos negócios também estaria em análise, segundo o "Valor Econômico".
Questionada sobre a possível fusão pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Gol disse que o Grupo Abra, que é o maior credor garantido e detém mais de 52% do capital social da companhia, "iniciou discussões com a Azul para explorar oportunidades".
Em comunicado, a Azul confirmou que mantém "conversas independentes com a Abra para explorar eventuais oportunidades". Contudo, ressaltou que, "até o presente momento, não celebrou ou formalizou acordo, vinculante ou não, acerca de qualquer operação de parceria ou combinação de negócios junto à Gol ou seus acionistas controladores, além do acordo de codeshare".
A Gol destacou também que "um eventual acordo pelo Grupo Abra com a Azul não seria vinculante para a Companhia". Ainda assim, reforçou a intenção de buscar novas formas de financiamento no mercado.
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"A Companhia e seus assessores pretendem conduzir um processo competitivo por meio do qual avaliarão propostas de financiamento de saída e quaisquer transações alternativas viáveis e competitivas, incluindo oportunidades apresentadas por potenciais fontes de capital próprio e de dívida", afirmou, ressaltando que esse processo ainda não foi iniciado.
A Gol entrou em recuperação judicial nos Estados Unidos em janeiro de 2024. Depois disso, cogitou-se a compra da companhia pela Azul, que em março disse estar "sempre atenta às dinâmicas estratégicas do setor aéreo e a possíveis oportunidades de parcerias".
O "Valor Econômico" publicou na segunda-feira (27), no entanto, que a possibilidade de combinação de negócios ganhou força nos bastidores das companhias. A ideia seria criar uma única empresa, com participação do Grupo Abra, que também é controlador da colombiana Avianca.
Financiamento deve cobrir os custos da recuperação judicial, além de garantir capital de juro para operações futuras.
A margem Ebitda recorrente foi de 27,3%, redução de 0,5 ponto porcentual em comparação com o período anterior.