A BRF (BRFS3) vai investir US$ 43 milhões (cerca de R$ 250 milhões na cotação atual) na compra de uma planta de processamento de alimentos na China.
🐔Com isso, a BRF não só avança com o seu plano de internacionalização, como deve se tornar a primeira empresa brasileira de proteínas a produzir diretamente na China, um dos principais mercados consumidores no mundo.
O negócio foi fechado com a Henan Best Foods, uma subsidiária do grupo americano OSI Group que mantém uma fábrica de processados na província de Henan, na China. Localizada na região central da China, esta é a terceira província mais populosa do país.
Com duas linhas para processamento de alimentos, a fábrica tem uma capacidade de 28 mil toneladas por ano. Contudo, deve ganhar mais duas linhas de produção.
💲 A BRF planeja investir US$ 36 milhões (quase R$ 210 milhões) na expansão da unidade e, assim, mais do que dobrar a sua capacidade de produção. A expectativa é alcançar uma capacidade de 60 mil toneladas por ano e gerar 850 postos de trabalho adicionais na fábrica.
Segundo o "Valor Econômico", fábrica só produz processados de frango atualmente, mas deve passar a produzir bovino e suínos, inclusive hamburgueres. Os produtos devem ser comercializados no varejo com marcas da BRF, como a Sadia.
O objetivo da BRF é, sobretudo, atender o mercado chinês. A unidade, contudo, também pode ser um ponto de exportações para outros mercados asiáticos.
Atualmente, a companhia concentra sua produção na América do Sul, no Oriente Médio e na Turquia, por meio de 44 unidades produtivas.
A BRF lembrou, por sua vez, que esse negócio está sujeito a determinadas condições, como a aprovação pelas autoridades regulatórias e a reorganização societária dos ativos que constituem a fábrica.
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Este é a segunda aquisição anunciada pela empresa em menos de um mês. Em 31 de outubro, a BRF já havia anunciado a compra de 26% da Addoha Poultry Company, empresa saudita especializada no setor avícola, por cerca de US$ 84,3 milhões. O objetivo era fortalecer a participação no mercado halal, no Oriente Médio.
Ao anunciar os resultados do terceiro trimestre, a companhia avisou que pretende intensificar os investimentos, sobretudo com foco em produtos de maior valor agregado.
A BRF teve um lucro líquido de R$ 1,13 bilhão no terceiro trimestre, revertendo com folga o prejuízo de R$ 262 milhões reportado no mesmo período de 2023.
O resultado foi possível devido ao crescimento da receita e à redução do endividamento e permitirá a distribuição de R$ 946 milhões em JCP (Juros sobre o Capital Próprio). O provento será pago em 5 de dezembro para os acionistas registrados na próxima segunda-feira (25).
As unidades da BRF estão localizadas em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, enquanto a da JBS Aves está no Paraná.
JP Morgan e Goldman Sachs elevaram a recomendação e o preço-alvo para o papel.
