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Os brasileiros já pagaram mais de R$ 480 bilhões em impostos neste ano de 2025. É o que mostra o Impostômetro, da ACSP (Associação Comercial de São Paulo).
💰 A ACSP já calcula, então, que o Impostômetro vai bater a marca dos R$ 500 bilhões às 06h09 do próximo domingo (9). Isso significa que os brasileiros terão pago quase uma Petrobras (PETR4) em impostos apenas nos primeiros 39 dias do ano.
A Petrobras é avaliada em aproximadamente R$ 500 bilhões no momento. É a única empresa brasileira com um valor de mercado dessa magnitude.
Para se ter ideia, o valor já pago em impostos pelos brasileiros neste ano renderia quase R$ 2,5 bilhões por mês se aplicado na poupança. Já em uma aplicação de renda fixa vinculada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), o retorno seria superior a R$ 4 bilhões por mês.
De acordo com a ACSP, esse valor também seria o suficiente para que uma pessoa recebesse 10 salários mínimos por mês ao longo de um período de 4,2 milhões de anos ou comprasse 1,1 bilhão de cestas básicas.
Esse dinheiro, contudo, ficará com o governo e deve ser aplicado no custeio dos serviços públicos. De acordo com o Impostômetro, os estados devem ficar com cerca de 172 bilhões desse montante e os municípios, com R$ 6 bilhões. O restante, isto é, mais de R$ 300 bilhões, foi para o governo federal.
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📈 Segundo a ACSP, o Impostômetro vai bater a marca dos R$ 500 bilhões cinco dias antes do registrado em 2023.
Os brasileiros pagaram R$ 461,6 bilhões nos primeiros 40 dias do ano passado. Isto é, 8,3% a menos do que neste ano. Por isso, os R$ 500 bilhões só foram alcançados em 14 de fevereiro.
Na avaliação do economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, a marca foi atingida mais cedo porque diversos fatores têm impulsionado a arrecadação tributária.
Entre esses fatores, estão o aquecimento da atividade econômica, a alta das alíquotas do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) e medidas tomadas pelo governo federal com o intuito de ampliar a arrecadação e, assim, reduzir o risco fiscal, como a tributação dos fundos offshore.
A inflação elevada é outro fator que pesa nessa conta. Afinal, "o sistema tributário brasileiro é baseado majoritariamente em impostos sobre o consumo, que incidem diretamente sobre os preços dos bens e serviços”, explicou Gamboa.
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