Boa Safra (SOJA3) paga quase 16% ao ano em renda fixa isenta ligada ao agronegócio

Empresa pega dinheiro emprestado dos investidores em troca do pagamento de juros compostos via emissão de CRAs

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Publicado em 04/02/2025 às 18:25h - Atualizado 9 horas atrás Publicado em 04/02/2025 às 18:25h Atualizado 9 horas atrás por Lucas Simões
Boa Safra lança no mercado R$ 500 milhões em títulos de renda fixa isentos de IR (Imagem: Divulgação)

🌱 A Boa Safra Sementes (SOJA3) anunciou ao mercado neste início de fevereiro que angariou R$ 500 milhões em dinheiro emprestado por investidores mediante a emissão de títulos de renda fixa ligados ao agronegócio e isentos da cobrança de imposto de renda (IR).

No caso, a produtora de sementes de soja chega a pagar quase 16% ao ano em juros compostos para quem se dispor a emprestar recursos diretamente à empresa por meio de seus Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), colocados no mercado pela Opea Securitizadora.

São quatro tipos de remuneração e prazos de resgate distintos que os CRAs emitidos pela Boa Safra Sementes oferecem. Confira as informações divulgadas pela empresa, em comunicado no último dia 3:

  • Primeiro tipo de rentabilidade: Taxa Prefixada de 15,41% ao ano / Prazo de resgate nos próximos cinco anos / Emissão de R$ 380 milhões.
  • Segundo tipo de rentabilidade: CDI+ 0,40% ao ano / Prazo de resgate nos próximos cinco anos / Emissão de R$ 59,7 milhões.
  • Terceiro tipo de rentabilidade: IPCA+ 8,73% ao ano / Prazo de resgate nos próximos sete anos / Emissão de R$ 35,4 milhões.
  • Quarto tipo de rentabilidade: IPCA+ 8,95% ao ano / Prazo de resgate nos próximos dez anos / Emissão de R$ 24,7 milhões.

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Como funciona o investimento em CRAs?

Vale lembrar que esse tipo de crédito privado não tem proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), por isso, é comum que os CRAs costumem a render mais do que outras modalidades de renda fixa, como: Tesouro Direto, CDBs, LCAs, LCIs e poupança.

Ou seja, caso a empresa venha se encontrar em dificuldades financeiras no futuro e acabe dando calote em seus CRAs, os investidores poderão ter que assumir eventuais prejuízos.

🚜 Os investidores que adquirem CRAs recebem uma remuneração, na forma de juros sobre o valor investido, e o principal é devolvido ao final do prazo estipulado. Já o lastro em recebíveis do agronegócio proporciona uma ligação direta com a economia real, sendo uma alternativa para quem busca investir em setores produtivos.