Bitcoin (BTC) subiu 4,4% no mês pós-halving, menos que em 2020

Ainda assim, analistas veem condições para um novo ciclo de alta da criptomoeda nos próximos meses.

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Publicado em 20/05/2024 às 17:17h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 20/05/2024 às 17:17h Atualizado 2 meses atrás por Marina Barbosa
Bitcoin já subiu quase 64% em 2024 (Shutterstock)

O Bitcoin (BTC) subiu 4,4% desde o halving de um mês atrás. Foi um desempenho menor que o de outros halvings. Mas analistas ressaltam que os últimos dias têm sido positivos para a criptomoeda e podem indicar que um novo ciclo de alta está a caminho.

🪙 O halving corta pela metade a emissão do Bitcoin a cada 210 mil blocos minerados. É um evento que acontece em média a cada quatro anos e geralmente é acompanhado por uma alta expressiva da criptomoeda. Afinal, a redução da oferta tende a elevar os preços. 

O quarto e último halving ocorreu no dia 19 de abril. Ou seja, há um mês. Foi um período de volatilidade para o Bitcoin e que terminou com uma alta acumulada de 4,4% da criptomoeda. 

O desempenho do mês pós-halving só não foi pior que o de 2016, quando o Bitcoin afundou 9,1% nos 30 dias seguintes ao evento. Veja como o Bitcoin se comportou no mês posterior a cada halving:

  • 2012: 10,0%;
  • 2016: -9,1%;
  • 2020: 6,3%;
  • 2024: 4,4%.

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Bitcoin já subiu quase 64% em 2024

📈 A alta moderada de 4,4%, por sua vez, não reduz a empolgação de muitos com o Bitcoin. Afinal, a criptomoeda já subiu 63,8% em 2024 e os resultados do halving geralmente vêm nos meses seguintes à mudança na taxa de emissão do Bitcoin. 

O Bitcoin disparou no início do ano diante da expectativa pelo halving e da aprovação dos ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos. A alta, no entanto, desacelerou em abril devido às dúvidas sobre os juros americanos. 

A perspectiva de que os juros continuem altos por algum tempo nos Estados Unidos afastou muitos investidores de ativos de maior risco, como as criptomoedas. Porém, o cenário parece estar começando a mudar. 

O Bitcoin teve uma valorização de 10% na semana passada, com a retomada do fluxo positivo para os ETFs à vista de Bitcoin nos Estados Unidos e a inflação americana subindo menos do que o esperado, o que pode favorecer o corte de juros. 

E a criptomoeda segue em alta. Nesta segunda-feira (20), por exemplo, o Bitcoin opera na casa dos US$ 69 mil, algo que não ocorria desde o início de abril. O token avançava 4,6% às 16h40.

A 10x Research, por exemplo, acredita que o fato de a criptomoeda ter cruzado a linha dos US$ 67,5 mil pode levar a novas máximas históricas. O atual recorde do Bitcoin é de US$ 73,6 mil e foi atingido no último dia 14 de março.

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Efeito do halving vem em 1 ano

O fundador da CryptoQuant, Ki Young Ju, acrescentou que o Bitcoin "está no meio do ciclo de alta" e estima que este ciclo só deve acabar em abril de 2025, dado que este ciclo teve início em abril de 2023 e os ciclos de alta do Bitcoin costumam durar dois anos.

A previsão de Ki Young Ju coincide com o "aniversário de um ano" do halving. E as estatísticas dos últimos halvings reforçam que o Bitcoin costuma ter altas expressivas nos 365 dias posteriores ao evento. Em 2020/2021, por exemplo, o salto foi de 533%.

Veja quanto o Bitcoin subiu nos 365 dias seguintes a cada halving, de acordo com a EY:

  • 2012: 7.956%;
  • 2016: 277%;
  • 2020: 533%.

A CF Benchmarks, por sua vez, disse que os investidores institucionais não acreditam que essa alta virá no curto prazo. A casa avaliou as opções de compra de Bitcoin negociadas na Bolsa de Chicago e disse que os investidores ainda preferem se proteger de possíveis quedas no curto prazo, embora as perspectivas de longo prazo sejam positivas, sobretudo depois dos últimos dados da inflação americana.