Bitcoin (BTC) é 'Labubu Digital'? Executivo da Vanguard critica, mas oferece ETF crypto

John Ameriks, líder global de ativos quantitativos da gestora Vanguard, tira sarro da maior criptomoeda do mundo.

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Publicado em 14/12/2025 às 16:17h - Atualizado 11 horas atrás Publicado em 14/12/2025 às 16:17h Atualizado 11 horas atrás por Lucas Simões
Todavia, a gestora Vanguard oferece ETF nos EUA que investe em Bitcoin (Imagem: Shutterstock)
Todavia, a gestora Vanguard oferece ETF nos EUA que investe em Bitcoin (Imagem: Shutterstock)
Tem quem ame ou que odeie, mas os bichinhos de pelúcia Labubu viraram uma verdadeira febre de popularidade nos últimos tempos, impulsionados pelas trends de redes sociais, tanto que a empresa chinesa fabricante dos brinquedinhos, a Pop Mart, já é mais valiosa que a mineradora brasileira Vale (VALE3).
E foi apelidando o Bitcoin (BTC) de uma versão de 'Labubu Digital' que um alto executivo da gestora Vanguard fez polêmica neste fim de ano.
Conforme reportagem da Bloomberg, o líder global de ativos quantitativos da gestora Vanguard, John Ameriks, disse que a maior criptomoeda do mundo, com valor de mercado atual de US$ 1,8 trilhão, ainda carece de fluxo de dinheiro e características de capitalização composta que sua firma busca em investimentos para o longo prazo.
"É difícil para mim pensar sobre o Bitcoin como nada mais que um Labubu Digital", afirmou Ameriks durante uma conferência sobre criptoativos realizada em Nova York, no último dia 12 de dezembro, patrocinada pela própria Bloomberg.
Apesar de fazer muito sentido o que o executivo da Vanguard disse em relação ao BTC, que sequer consolidou sua posição como uma reserva de valor tal qual o ouro físico ou mesmo as moedas fiduciárias de países desenvolvidos, como o dólar americano, o euro ou o iene japonês, ficou escancarada a hipocrisia do executivo, já que a própria Vanguard embarcou de cabeça na tese das criptomoedas.
Afinal de contas, a gestora de recursos americana permitiu recentemente que seus clientes negociassem ETFs lastreados em criptomoedas, principalmente atrelados ao Bitcoin, o que demonstra que as grandes fortunas em Wall Street, representantes do mercado financeiro tradicional, ainda nutrem ressalvas sobre a inclusão das moedas virtuais à economia real.

BTC agrada Wall Street mesmo?

Para além da fala polêmica que associa a imagem do Bitcoin ao brinquedinho da moda, o Labubu, chama a atenção o fato de o executivo de alto escalão da Vanguard ter dito também que "há uma ausência de evidências claras de que os avanços da tecnologia blockchain ofereçam valor econômico duradouro".
Embora 2025 tenha sido um ano de muitas vitórias regulatórias para o BTC e demais criptomoedas, sobretudo com a volta do presidente americano Donald Trump à Casa Branca, em termos de rentabilidade, o ativo virtual segue com desconto de -30% ante seu pico em US$ 126,1 mil feito no último dia 6 de outubro.
Segundo dados do Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em Bitcoin (BTC) há 12 meses, hoje você teria R$ 836,90, ao passo que um CDB pagando 100% do CDI, com proteção do FGC, teria retornado R$ 1.140,60 nas mesmas condições.