Banco do Brasil (BBAS3): Itaú BBA reduz preço-alvo, pede cautela e projeta ano difícil
Provisões elevadas e rentabilidade baixa adiam expectativas de retorno mais forte para 2027.
O Banco do Brasil (BBAS3) já avalia como poderia lidar com uma eventual sanção dos Estados Unidos, segundo apurou a "Bloomberg".
🔎Para traçar o plano de contingência, a instituição estaria buscando conselhos de escritórios de advocacia americanos. Já o governo federal estaria recolhendo informações sobre o monitoramento do sistema financeiro brasileiro pelo governo americano.
De acordo com a "Bloomberg", uma das medidas estudadas pelo banco seria a transferência de algumas transações em dólar dos Estados Unidos para outras filiais no exterior.
Nada foi decidido até o momento, até porque essas medidas não seriam necessárias caso o governo americano não eleve as sanções contra a instituição e seus clientes.
Leia também: Itaú BBA reduz preço-alvo, pede cautela e projeta ano difícil para o Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil entrou no radar do governo americano por causa do embate com o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Afinal, é por meio do BB que Moraes recebe o seu salário.
O governo americano aplicou a Lei Magnitsky contra Moraes no final de julho. Com isso, o ministro ficou impedido de entrar nos Estados Unidos e de ser atendido por empresas americanas, como os bancos e as emissoras de cartão de crédito.
💳 Diante disso, os cartões de Moraes foram bloqueados. O BB teria, então, oferecido um cartão da bandeira Elo, que é brasileira, ao ministro.
O mercado, no entanto, teme que os Estados Unidos endureçam as sanções contra autoridades e bancos brasileiros no decorrer do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF.
O presidente americano Donald Trump já criticou o julgamento e até citou o caso de Bolsonaro quando taxou em 50% os produtos brasileiros.
Nesta semana, em meio ao início do julgamento, os bancos brasileiros receberam uma carta do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos com questionamentos sobre a aplicação das sanções já aplicadas.
🏦 Em nota enviada à "Bloomberg", o Banco do Brasil disse que tem um "compromisso absoluto com o cumprimento das leis brasileiras e internacionais às quais está sujeito".
"As operações sempre ocorrem dentro do arcabouço legal, regulatório e ético, garantindo que as ações institucionais obedeçam rigorosamente às normas vigentes no Brasil e nos países onde atua há mais de 80 anos", acrescentou.
O BB também já havia dito anteriormente que "acumula sólida experiência em relações internacionais e está preparado para lidar com temas complexos e sensíveis que envolvem regulamentações globais".
A instituição ainda classificou como "inverídicas e maliciosas" publicações que circularam nas redes sociais nesse ínterim sobre as potenciais consequências da sanção americana, sugerindo inclusive que os clientes sacassem os recursos mantidos no BB. A PGR (Procuradoria-Geral da República" pediu que a PF (Polícia Federal) investigue o caso.
Provisões elevadas e rentabilidade baixa adiam expectativas de retorno mais forte para 2027.
Banco do Brasil já sofre com pressão vendedora diante de possíveis sanções de Donald Trump.