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B3 (B3SA3) informou nesta quinta-feira (9) que as ações da
Ambipar (AMBP3) serão retiradas de todos os índices da bolsa. A exclusão ocorrerá ao preço de fechamento de 15 de outubro, com vigência a partir do pregão de 16 de outubro. Mesmo com a notícia, as ações da empresa, que tombaram por duas semanas seguidas, sobem hoje 27,94%, às 14h24, horário de Brasília.
No momento, as ações da companhia de gestão de resíduos compõem diversos índices da B3, entre eles o Brasil Amplo, Diversidade, Governança Corporativa Trade, Ações com Governança Corporativa Diferenciada, Governança Corporativa Novo Mercado, Sustentabilidade Empresarial, Ações com Tag Along Diferenciado, MidLarge Cap e Utilidade Pública.
A medida da B3 segue as regras do manual dos índices, que permitem excluir ativos. "A medida adotada baseia-se no dispositivo 3.3 do Manual de Definições e Procedimentos dos Indices, que prevê a possibilidade de exclusão de ativos visando garantir a continuidade, a replicabilidade, a representatividade e a integridade dos indices", disse a B3 em comunicado.
👀 A bolsa acrescentou ainda que a Ambipar perderá o selo “B3 Ações Verdes”, uma vez que a metodologia prevê a retirada da certificação quando a empresa ou seus administradores tiverem sua imagem associada a eventos ambientais, sociais ou de governança que possam causar risco reputacional.
Lembrando que em janeiro deste ano as ações da Ambipar foram excluídas do
índice SMLL (Small Cap) da B3. O SMLL tem como objetivo refletir o desempenho médio das empresas de menor capitalização listadas na bolsa. Na época, a decisão aconteceu devido a expressiva valorização das ações em 2024, com ganhos superiores a 730%.
O que mexe com as ações?
A nova decisão da B3 vem após seguidas notícias ruins envolvendo a Ambipar. A primeira delas foi uma liminar que a empresa conseguiu na Justiça que impede bancos credores de adotar medidas que possam inviabilizar suas operações. Logo depois, anunciou a saída do CFO João Daniel Piran de Arruda e a sétima emissão de debêntures.
💸 Mais recentemente, a Bloomberg informou que a empresa planeja entrar com um pedido de recuperação judicial na próxima semana, em um tribunal do Rio de Janeiro, segundo fontes ouvidas pela agência. As tratativas ainda estão em andamento e o prazo pode mudar, disseram as fontes.
Além disso, mais cedo nesta quinta-feira (9), a empresa suspendeu uma assembleia e uma emissão de debêntures. A assembleia estava inicialmente marcada para o dia 10 de outubro, informou a companhia. Para se ter noção da atual cotação da empresa, R$ 0,71 na tarde de hoje, se você tivesse investido R$ 1.000 há 1 ano, hoje você teria R$ 56,55, segundo dados do Investidor10.