Azul e Gol: Procon-SP pede informações sobre possível fusão

O Procon-SP disse também que pretende convocar representantes das empresas.

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Publicado em 21/01/2025 às 16:08h - Atualizado 12 horas atrás Publicado em 21/01/2025 às 16:08h Atualizado 12 horas atrás por Elanny Vlaxio
A solicitação foi feita nesta terça-feira (21) (Imagem: Shutterstock)

✈️ O Procon-SP solicitou às empresas Azul (AZUL4) e Abra, controladora da Gol (GOLL4), um detalhamento sobre as estratégias de comunicação que serão adotadas para manter seus clientes devidamente informados acerca do processo de possível fusão entre as companhias. 

Embora a concretização da operação esteja prevista apenas para 2026, o Procon-SP entende que a solicitação de informações é pertinente, considerando que muitos consumidores adquirem passagens aéreas com antecedência com o objetivo de ter bons preços.

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🗣️ Dessa forma, os consumidores podem apresentar dúvidas quanto a possíveis unificações, descontinuidades ou modificações nas rotas. O Procon-SP ressaltou, ainda, que operações desse tipo entre empresas geram, inevitavelmente, impactos nos consumidores.

A fundação mencionou também a possibilidade de alterações na infraestrutura aeroportuária, nos sistemas de venda de passagens, no atendimento ao cliente e na oferta de rotas. Por isso, o Procon-SP pretende convocar representantes das empresas para que apresentem seus planos de atendimento aos consumidores durante o processo de fusão.

Governo não vai aceitar aumento abusivos de passagens com fusão

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou na última semana que não aceitará aumento “abusivos” do preço das passagens aéreas no Brasil como resultado da possível fusão entre as companhias. 

💬 Durante um encontro com jornalistas para apresentar o balanço de sua gestão, o ministro ressaltou a necessidade de aguardar a decisão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre a possível fusão, uma vez que o órgão é responsável por analisar os riscos de concentração de mercado decorrentes dessa operação.

Embora tenha afirmado que não aceitará aumentos abusivos nos preços das passagens aéreas, o ministro garantiu que o governo não intervirá no mercado. "O que a gente tem feito desde o primeiro momento é um trabalho de sensibilização", disse o ministro, ao explicar a estratégia do governo.