Azul (AZUL4) encerra mais de 50 rotas e decide deixar 13 cidades
Empresa vai reduzir em 10% o número de decolagens em voos nacionais e internacionais.
A Azul (AZUL4) anunciou ter recebido autorização de um tribunal dos EUA (Estados Unidos) para formalizar acordo com a Aercap, responsável por grande parte de suas aeronaves e obrigações de leasing.
💰 O acerto, segundo a empresa, deve proporcionar economia superior a US$ 1 bilhão nas operações da frota. A Azul também obteve o aval para rescindir vários contratos de arrendamento, diz o comunicado.
“A aprovação da rejeição de contratos de arrendamento e outros contratos relacionados à frota vai gerar economias adicionais sem impactar a frota total, rotas ou a capacidade de atender seus clientes, uma vez que essas aeronaves e motores não estavam em operação”, disse a companhia.
Meses atrás, a Azul teve seu pedido de recuperação judicial aprovado pela Justiça dos Estados Unidos. Em maio, a empresa aérea entrou com um pedido de proteção sob o Capítulo 11 da Lei de Falências, que funciona de forma semelhante à recuperação judicial brasileira.
✈️ A iniciativa visa garantir a continuidade das operações enquanto a companhia trabalha para eliminar uma dívida estimada em cerca de US$ 2 bilhões. Conforme dados do Tribunal dos Estados Unidos, o mecanismo autoriza a empresa devedora a preservar todos os seus ativos e seguir com suas atividades.
Na época, John Rodgerson, CEO da Azul, atribuiu as dificuldades financeiras da empresa à pandemia de Covid-19 e a instabilidades econômicas globais. Já o Ministério dos Portos e Aeroportos afirmou, em nota oficial, que “acompanha com atenção o processo de recuperação judicial da companhia aérea Azul”.
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Em 29 de maio, a Azul participou da primeira audiência de recuperação judicial em Nova York. Na sessão, o plano da companhia foi aprovado, com a liberação de um financiamento de US$ 1,6 bilhão. De acordo com o vice-presidente institucional da Azul, parte dos recursos será usada para aquisição de parte da dívida e o restante destinado à manutenção das operações no período.
💵 Entre as medidas do plano está a redução de 35% da frota, por meio da devolução de aeronaves antigas que já não estavam em uso. A proposta inclui ainda 20 solicitações da empresa, todas aprovadas pela Justiça americana. Segundo a companhia, o processo não trará impactos ao funcionamento da empresa nem aos clientes, e reforça que não haverá cortes de pessoal.
Empresa vai reduzir em 10% o número de decolagens em voos nacionais e internacionais.
O valor comprometido — equivalente a cerca de R$ 3,5 bilhões na cotação atual — representa uma possível injeção de capital relevante.