Justiça proíbe, mas influenciador divulga documentário sobre a XP Investimentos (XPBR31)
Material, que fala sobre produtos oferecidos pela corretora, foi proibido quando ainda não havia sido divulgado
⚖️ A XP Investimentos (XPBR31) volta a estampar as manchetes dos jornais nesta segunda-feira (23), após o MPF (Ministério Público Federal) confirmar ao Investidor10 a abertura de inquérito civil recém-instaurado contra a corretora de valores a partir da representação de um consumidor.
Segundo informações oficiais repassadas à nossa redação, a apuração que investiga a XP ainda está no início do processo, razão pela qual o MPF decidiu que agora não irá comentar mais detalhes.
O que já se pode afirmar sobre o caso é que um ou mais clientes da XP acionaram o Poder Público para que o mesmo investigue eventuais falhas de autoria da corretora de valores fundada por Guilherme Benchimol, e que já chegou a ter o Itaú Unibanco (ITUB4) como acionista relevante. A ordem de investigação é do procurador da República Claudio Gheventer.
A prática alvo do inquérito aberto pelo MPF consiste em averiguar se há irregularidades na estratégia de investimento da XP nas carteiras de seus clientes, no tocante a executar ordens de compra de opções para proteção de ações ou outros ativos em renda variável, enquanto promete também a valorização da aplicação.
➡️ Leia mais: XP (XPBR31): Itaú BBA rebaixa recomendação para corretora de Benchimol
O mecanismo conhecido como "Collar com ativo UI" requer a compra de opções de venda e a venda de opções de compra sobre um mesmo ativo de renda variável e com a mesma data de vencimento dos derivativos (uma operação considerada sofisticada no mercado financeiro e não indicada para investidores iniciantes ou inexperientes pela complexidade e risco-retorno envolvido).
Em resposta à publicação dessa reportagem, a XP reafirmou seu compromisso com a transparência, a classificação adequada do perfil de investidor e o pleno cumprimento das normas regulatórias. "Eventuais situações são tratadas com rigor, por meio dos canais oficiais e com total colaboração com as autoridades competentes", destaca à nota encaminhada.
Há uma semana, a XP esteve envolvida na polêmica de um influenciador digital que teve proibida pela Justiça a divulgação de documentário que alega sobre a oferta de produtos financeiros oferecidos pela corretora com práticas enganosas por parte dos assessores de investimentos ligados à corretora de valores.
📊 Segundo dados do Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em XPBR31 há dois anos, hoje você teria R$ 1.190,60, já considerando o reinvestimento dos dividendos. A simulação também aponta que o Ibovespa teria retornado R$ 1.233,00 nas mesmas condições.
Material, que fala sobre produtos oferecidos pela corretora, foi proibido quando ainda não havia sido divulgado
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