Vale (VALE3) confirma que está buscando investidor para subsidiária de energia

Aliança Energia hoje está avaliada em R$ 6 bilhões

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Publicado em 14/06/2024 às 14:36h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 14/06/2024 às 14:36h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana
Aliança é uma joint venture entre Vale e Cemig. Foto: Divulgação

Nesta sexta-feira (14), a Vale (VALE3) publicou um comunicado informando que está em busca de um investidor para sua subsidiária de energia Aliança. A possibilidade do negócio já havia sido antecipada pela imprensa anteriormente, mas a empresa não tinha confirmado.

A busca ocorre apenas três meses depois da empresa comprar 45% do negócio das mãos da Cemig (CMIG4) por R$ 2,7 bilhões. O valor da empresa hoje é estimado em R$ 6 bilhões, conforme fontes disseram ao Valor.

“O aumento da participação na Aliança Energia é um passo importante para a criação de uma plataforma de energia, que potencialmente contemplará outros ativos do portfólio da Vale. Conforme já divulgado ao mercado por ocasião do referido fato relevante, a Vale busca potenciais parceiros para essa plataforma, dentre os principais players do mercado de energia”, disse a companhia.

Três grandes grupos empresariais estariam interessados no negócio: CTG, Engie e Neoenergia. No entanto, a mineradora declara que ainda não há nenhuma decisão fechada sobre o assunto.

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Acordo por Mariana

♻️ Nesta semana, o vice-presidente de assuntos corporativos e institucionais da Vale, Alexandre D’Ambrosio, afirmou que a companhia esperar chegar a um acordo definitivo sobre a reparação da tragédia de Mariana ainda neste mês. “Esperamos que o acordo consiga ser resolvido até o final de junho. Temos a esperança de que isso aconteça”, declarou o executivo.

Em novembro de 2015, ocorreu o rompimento da bagagem do Fundão, na cidade de Mariana, em Minas Gerais. Esse foi um dos maiores desastres ambientais do país, que legitimou a vida de 19 pessoas e deixou milhares desabrigadas.

Samarco, Vale e BHP Billiton eram as empresas responsáveis pela barragem, portanto, apresentaram propostas aos governos federal e estaduais para pagar R$ 140 bilhões em reparação e compensação ambiental.

“Isso não significa que o acordo seria fechado até o fim de junho porque existe, depois, a construção dos documentos definitivos. Mas até o fim de junho, nós esperamos e desejamos que haja já um consenso”, completou, destacando que as assinaturas podem levar mais um mês.

“As empresas não celebram como vitória. Pelo contrário, é uma vitória dos atingidos, uma vitória da reparação. Para as empresas, é um investimento numa solução definitiva do problema, mas tendo em vista sobretudo as pessoas atingidas”.