Lucro da Vale (VALE3) despenca 9% com US$ 1,6 bilhão no 1T24
O Ebitda da empresa também registrou queda nos primeiros meses do ano.
As mineradoras Vale (VALE3), BHP e Samarco deverão desembolsar a primeira parcela de R$ 5 bilhões do acordo de reparação da tragédia de Mariana em até 30 dias após a assinatura do pacto, prevista para esta sexta-feira (25). A informação foi divulgada pelo Palácio do Planalto.
💰 O acordo prevê o pagamento de R$ 132 bilhões, dos quais R$ 100 bilhões correspondem a novos investimentos que as empresas envolvidas na tragédia farão ao longo dos próximos 20 anos, direcionados ao poder público.
Os R$ 32 bilhões restantes do acordo serão destinados ao pagamento de indenizações às pessoas afetadas pela tragédia e ao custeio de ações de reparação ambiental e social, complementando os R$ 38 bilhões que as empresas afirmam ter investido anteriormente.
A barragem de Fundão, operada pela Samarco, uma joint venture da Vale e BHP, se rompeu em novembro de 2015, liberando uma enorme quantidade de rejeitos de minério que causou a morte de 19 pessoas, desalojou centenas e contaminou rios e ecossistemas, atingindo inclusive o litoral capixaba.
O cronograma de pagamentos do acordo se estenderá por 20 anos, até 2043. Os valores anuais a serem pagos pelas empresas variam, com um pico de R$ 7 bilhões em 2026 e uma última parcela de R$ 4,41 bilhões em 2043, conforme divulgado pelo Palácio do Planalto.
📃 Em nota, o governo federal apontou que o acordo anterior sobre a tragédia de Mariana não atingiu os resultados esperados, uma vez que houve um descumprimento sistemático das determinações judiciais por parte das empresas envolvidas. Além disso, a judicialização do caso atrasou a resolução das questões relacionadas à reparação dos danos.
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Após dois anos de negociações, as empresas envolvidas na tragédia de Mariana passarão a pagar ao governo federal e aos estados de Minas Gerais e Espírito Santo para que estes promovam a recuperação ambiental da região.
💲 Entre as obrigações das empresas está a remoção de um volume de rejeitos, estimado em 9 milhões de metros cúbicos, do reservatório da UHE Risoleta Neves, que se encontra na bacia hidrográfica do Rio Doce, uma das maiores do país.
Conforme o acordo, as empresas devem ainda finalizar o processo de reassentamento das comunidades de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, além de recuperar 54 mil hectares de floresta nativa, cinco mil nascentes e realizar o gerenciamento das áreas contaminadas na Bacia do Rio Doce.
O Ebitda da empresa também registrou queda nos primeiros meses do ano.
Resultado será publicado nesta quarta-feira (24), após o fechamento do mercado.