Vai e vem: Oi (OIBR3) tem falência revertida e volta a negociar na B3; ações saltam 11%
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Um fundo gerido pela companhia de investimentos Trustee DTVM passou a deter 5,14% das ações da operadora de telecomunicações Oi (OIBR3) a partir desta quarta-feira (21). Por volta das 15h, as ações da Oi avançam 10,02%, e eram cotadas a R$ 1,40, ampliando a alta em fevereiro para cerca de 129%.
📈 A decisão acontece em meio a recuperação judicial da Oi para sanar dívidas de mais de R$ 44 milhões, com uma expectativa de financiamento de até US$ 650 milhões. O caso não impediu que a Trustee sinalizasse a intenção em contribuir com a estrutura administrativa da companhia de telecomunicações.
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"Trata-se de um investimento, que tem a intenção de contribuir junto a empresa, autoridades, reguladores, poder judiciário do Rio de Janeiro, credores e a estrutura administrativa da empresa, em uma ampla solução para o soerguimento da Oi", afirmou a Trustee em carta à operadora.
Com dívidas que passam de R$ 44 milhões, contraídas com cerca de 159 mil credores, a Oi apresenta pela segunda vez um plano de recuperação judicial. A primeira versão foi exibida em maio de 2023. No início de fevereiro, o Conselho de Administração da empresa aprovou o novo plano de recuperação judicial.
📱 A próxima fase acontecerá no dia 5 de março. Na ocasião, a assembleia geral de credores irá votar e discutir a nova versão do plano. Entre as previsões do plano estão o financiamento de até US$ 650 milhões e a venda de ativos avaliados em mais de R$ 15 bilhões.
A empresa, que surgiu em 2008 e já teve ativos em Portugal e África, ostentou o título de "campeã nacional" durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2016, entrou em sua primeira recuperação judicial, sendo forçada a vender ativos.
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Bens da Oi serão vendidos para pagar dívidas, mas acionistas estão no fim da fila de pagamento.