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📊 Apesar da virada no calendário, os rendimentos para quem empresta dinheiro ao governo brasileiro por meio do Tesouro Direto continuam em forte alta nesta quinta-feira (2), marcando o primeiro pregão de 2025.
Isso porque a renda fixa do governo está pagando um patamar recorde de juros compostos em seu principal título público indexado à inflação, no caso o Tesouro IPCA+ 2045, que atualmente oferece uma rentabilidade real de 7,23% ao ano.
Ou seja, caso o investidor decida travar tais juros reais no momento, o mesmo conseguirá garantir tamanha rentabilidade pelas próximas duas décadas.
Conforme a própria plataforma do Tesouro Direto, uma aplicação inicial de R$ 5 mil nesse título de renda fixa deve retornar, até o dia 15 de maio de 2045, o valor bruto de R$ 41.980,81 (descontada a alíquota de imposto de renda, o valor líquido é de R$ 34.796,97). Em comparação, a caderneta de poupança renderia R$ 18.989,05.
Todavia, existe um nível de risco oculto no Tesouro IPCA+ 2045 que mantém os analistas da Genial Investimentos ainda longe de recomendá-lo como investimento mais adequado para 2025, preferindo outro título do Tesouro Direto.
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Para quem carrega há mais de um ano na carteira títulos de renda fixa com vencimentos no longo prazo e são sujeitos à marcação a mercado, casos de muitos investimentos disponíveis no Tesouro Direto, provavelmente está vendo o seu saldo na corretora de sua preferência sinalizando um baita prejuízo.
Afinal de contas, o próprio Tesouro IPCA+ 2045 teve prejuízo na marcação a mercado de −21,90% no acumulado de 2024, enquanto o Tesouro IPCA+ 2035 derrapou −11,56%. E o campeão de perdas foi o Tesouro Renda+ 2065, com desvalorização de −52,65% para o título voltado para acumulação de aposentadoria extra.
😨 Caso os investidores de tais títulos por todo esse período decidam resgatar o dinheiro aplicado no Tesouro Direto agora terão de assumir tal prejuízo na marcação a mercado, já que durante boa parte de 2024, as taxas de rentabilidade desses investimentos tiveram fortes altas compensadas pela desvalorização do preço unitário dos títulos públicos.
Embora pareça justamente tentador agora começar a emprestar mais dinheiro ao governo brasileiro, já que esses títulos públicos são negociados por preços mais baratos e travando juros compostos mais generosos, a corretora Genial Investimentos prefere outra estratégia na renda fixa para 2025.
"Acreditamos que as oportunidades continuam presentes, especialmente em ativos atrelados ao CDI de vencimentos curtos e intermediários, caso do Tesouro Selic 2029, que podem oferecer maior proteção contra oscilações nas taxas de juros e capturar prêmios de risco mais elevados", afirma Eduardo Nishio, head de research da corretora.
Ele também tem uma visão mais conservadora para os ativos indexados ao IPCA, principalmente nos vencimentos intermediários (por exemplo, o Tesouro IPCA+ 2029), que seguem com prêmios elevados, mas sujeitos a oscilações devido à percepção de risco fiscal.
"Seguimos fora dos títulos de vencimento mais longo (por exemplo, Tesouro IPCA+ 2035 e 2045), que continuam sob pressão", conclui.
🔎 Acompanhe a seguir os preços e as rentabilidades dos títulos públicos no Tesouro Direto na tarde de hoje, antes da suspensão temporária:
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