Mercado Livre (MELI34) contratará mais de 6,5 mil colaboradores no Brasil
No mês passado, o Mercado Livre anunciou sua intenção de investir R$ 23 bilhões no Brasil em 2024.
🚨 A ascensão da Temu, marketplace de origem chinesa, está redesenhando o ranking das grandes empresas de comércio eletrônico no Brasil.
Em apenas seis meses de operação, a plataforma alcançou a marca de 39 milhões de usuários ativos, superando o Mercado Livre (MELI34) e consolidando-se como a segunda maior plataforma do país, atrás apenas da Shopee, que lidera com mais de 50 milhões de usuários.
Este marco foi destacado em relatório do Citi, que também revelou um aumento expressivo de 600% na base de clientes ativos da Temu desde sua chegada ao Brasil em junho de 2023.
Em contraste, as rivais Mercado Livre e Shopee cresceram 13% e 24%, respectivamente, no mesmo período.
A Amazon (AMZO34), por outro lado, viu uma retração de 5% na sua base de usuários, sinalizando desafios na adaptação ao cenário competitivo do mercado brasileiro.
O crescimento meteórico da Temu está diretamente ligado à sua capacidade de oferecer produtos a preços altamente competitivos, apoiados por uma experiência de usuário simplificada e uma estratégia agressiva de marketing digital.
A análise do Citi utilizou dados de plataformas como SimilarWeb e SensorTower para medir visitas diárias, downloads de aplicativos e usuários ativos mensais.
Esses dados indicam que a Temu não só atrai novos clientes, mas também mantém altos níveis de engajamento.
Um dos diferenciais é o investimento em logística eficiente, permitindo entregas rápidas e preços acessíveis, características que caíram no gosto do consumidor brasileiro.
Além disso, a Temu aposta em parcerias locais para fortalecer sua posição e expandir sua atuação.
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O mercado de e-commerce brasileiro tem se mostrado dinâmico, com mudanças significativas na preferência do consumidor.
Enquanto a Temu e a Shopee aceleram seu crescimento, empresas consolidadas como Mercado Livre enfrentam maior pressão competitiva.
Essa transformação não é isolada no setor de marketplaces, mas também reflete no segmento de vestuário.
A Guararapes (GUAR3), controladora da Riachuelo, liderou o crescimento no e-commerce de moda em 2024, com um salto de 28% na base de usuários ativos.
O Azzas 2154 (AZZA3), fruto da fusão com a Arezzo, registrou aumento de 15%, enquanto a C&A (CEAB3) expandiu modestos 7%.
📊 Embora o crescimento da Temu seja notável, sustentar essa trajetória será um desafio. A fidelização de clientes e a manutenção de margens saudáveis serão cruciais em um mercado altamente competitivo.
Além disso, fatores como regulamentações locais, infraestrutura logística e flutuações econômicas podem impactar o desempenho da plataforma no Brasil.
A ascensão da Temu é um sinal claro de como o mercado de e-commerce brasileiro está em transformação.
A chegada de novas plataformas está redefinindo as regras, forçando gigantes como Mercado Livre e Amazon a se adaptarem a um consumidor cada vez mais exigente e digitalmente engajado.
No mês passado, o Mercado Livre anunciou sua intenção de investir R$ 23 bilhões no Brasil em 2024.
O valor será destinado à inauguração de novos centros de distribuição em Brasília, Pernambuco e Porto Alegre.