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A Suzano (SUZB3) recebeu sinal verde do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para avançar com a criação de uma joint-venture com a Kimberly-Clark (KMBB34) no segmento de tissue (papeis de higiene).
⚖ O Cade entendeu que o negócio não traz prejuízos ao sistema concorrencial. Por isso, aprovou a operação sem nenhuma restrição, conforme despacho publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (22).
A Suzano anunciou em junho um acordo para a aquisição de 51% da divisão de tissue da multinacional americana, por US$ 1,734 bilhão. Isto é, pouco mais de R$ 9 bilhões na cotação atual.
O negócio envolve 22 fábricas localizadas em 14 países, que têm uma capacidade anual de produção de aproximadamente 1 milhão de toneladas e vendem seus produtos para mais de 70 países.
🧻 Ao pedir o aval do Cade para o negócio, a Suzano disse que a operação está alinhada com a estratégia de expandir sua presença no segmento de tissue, que envolve os mercados de papel higiênico, toalhas de papel, guardanapos e lenços de papel, bem como outros produtos de papel.
"Com a integração das operações, a Suzano pretende aumentar a eficiência, otimizar as cadeias de suprimento e criar oportunidades de crescimento no segmento de tissue em nível global", acrescentou.
Além disso, a parceria permitirá que a Suzano acesse marcas bem estabelecidas e redes internacionais de distribuição de papéis tissue.
Isso porque mais de 40 marcas regionais utilizadas pela Kimberly-Clark serão transferidas para a empresa resultante da parceria. Outras cinco marcas globais, incluindo a marca de lenço de papel Kleenex e a marca de papel higiênico Scott, serão licenciadas "por um longo prazo e sem pagamento de royalties" para a joint-venture.
Com o negócio, a Kimberly-Clark pretende dedicar uma atenção maior a outros segmentos de negócios, como o de cuidados pessoais. A multinacional americana, contudo, seguirá à frente das linhas de cuidados familiares e profissionais na América do Norte.
💲 Diante disso, a Suzano terá a opção de comprar os 49% restantes da joint-venture formada com a Kimberly-Clark três anos depois do fechamento da operação.
A transação, contudo, também depende de outras aprovações. Por isso, a expectativa das companhias é fechar o negócio em meados de 2026.
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Os títulos terão yield de 5,667% ao ano e cupom de 5,500% ao ano.