Bitcoin (BTC) subiu tanto quanto nos últimos halvings? Compare
A criptomoeda teve uma valorização de 110% nos 365 dias que antecederam o halving da última sexta-feira (19).
A SEC, Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, aprovou nesta quarta-feira (10) o lançamento de ETFs de Bitcoin à vista, isto é, fundos negociados em Bolsa que seguirão a cotação do principal representante do mercado de criptoativos.
🪙 A aprovação dos ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos era amplamente esperada pelo mercado e tem impulsionado a cotação da criptomoeda. O Bitcoin (BTC) já subiu quase 10% em 2023, chegando a passar dos US$ 47 mil na segunda-feira (8).
Nesta quarta-feira (10), a moeda é negociada pouco abaixo dos US$ 46 mil, o equivalente a cerca de R$ 226,5 mil. O papel caiu na terça-feira (9) depois que hackers invadiram a conta da SEC no X, ex-Twitter, para anunciar a suposta aprovação dos ETFs de Bitcoin, o que só ocorreu nesta quarta-feira (10).
Apesar da invasão hacker ter pressionado a cotação, a expectativa é de que o lançamento de ETFs de Bitcoin à vista impulsionem as negociações e o preço do criptoativo nos próximos meses. Afinal, grandes gestoras vão lançar fundos desse tipo e elas devem comprar Bitcoins para estruturar esses ativos.
A BlackRock é uma das gestoras que pediu aval da SEC para lançar um ETF de Bitcoin à vista e até reduziu as taxas para os primeiros investidores que comprarem o ativo. Gestoras como Ark Invest, Fidelity, Bitwise, Valkyrie e a brasileira Hashdex também prometem entrar no mercado.
📈 Diante dessa corrida, o banco britânico Standard Chartered prevê um significante influxo de capital para o mercado cripto, com a alta do Bitcoin. O banco acredita que a aprovação dos ETFs de Bitcoin pode movimentar de US$ 50 bilhões a US$ 100 bilhões em 2024. Por isso, a projeção do Standard Chartered é de que o Bitcoin seja negociado por volta de US$ 100 mil ao final de 2024 e chegue a US$ 200 mil ao final de 2025.
O ETF de Bitcoin à vista promete facilitar a exposição do investidor comum às criptomoedas. Afinal, os ETFs são fundos negociados em Bolsa. Por isso, quem quer esse tipo de exposição na sua carteira não precisará comprar o Bitcoin em si, apenas cotas dos ETFs que acompanham o criptoativo.
Como os ETFs são negociados em Bolsa, o investidor poderá comprar as cotas do fundo por meio de corretoras e negociá-las no mercado. Vale lembrar, no entanto, que criptoativos podem ser mais voláteis que outros instrumentos disponíveis no mercado. A SEC, por sinal, fez vários alertas sobre o risco de investir nesse tipo de ativo antes de autorizar o lançamento dos ETFs de Bitcoin à vista.
Ao aprovar os ETFs de Bitcoin nesta quarta-feira (10), o presidente da SEC, Gary Gensler, reforçou o alerta. Ele disse que "o Bitcoin é principalmente um ativo especulativo e volátil que também é usado para atividades ilícitas, incluindo ransomware, lavagem de dinheiro, evasão de sanções e financiamento do terrorismo".
🗣️ "Embora tenhamos aprovado hoje a listagem e negociação de certos ETFs de Bitcoin à vista, não aprovamos nem endossamos o Bitcoin. Os investidores devem permanecer cautelosos sobre a miríade de riscos associados ao Bitcoin e aos produtos cujo valor está vinculado à criptografia", afirmou o presidente da SEC.
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O presidente da SEC já havia alertado sobre os riscos de investir em criptoativos na segunda-feira (8). Ele afirmou que esses investimentos são voláteis e muitas vezes são oferecidos por instituições que não cumprem a lei, o que reduz a proteção e o nível de informação disponível para os investidores.
Já o diretor do Escritório de Educação e Defesa de Investidores da SEC, Lori Schock, publicou um artigo na página oficial da reguladora americana na terça-feira (9) dizendo que pode haver um "risco significativo" em ativos relativamente novos, como criptoativos e tokens.
🏦 Devido a essa percepção de risco, a SEC também aliou a aprovação dos ETFs de Bitcoin a medidas que tentam garantir a proteção do investidor.
As gestoras que lançarem esses fundos, por exemplo, terão que fornecer "divulgação completa, justa e verdadeira sobre os produtos". Já as bolsas de valores em que serão negociados os ETFs de Bitcoin devem ter regras destinadas a prevenir fraudes e manipulações, que serão monitoradas pela SEC.
Os ETFs também estarão sujeitos às regras de conduta da própria SEC e a reguladora americana "investigará exaustivamente qualquer fraude ou manipulação nos mercados de valores mobiliários, incluindo esquemas que utilizam plataformas de redes sociais", segundo Gary Gensler.
Apesar de só agora o ETF de Bitcoin à vista ter sito autorizado nos Estados Unidos, ativos como esse já podem ser negociados pelos investidores brasileiros. Segundo dados da B3, 13 ETFs ligados a criptoativos estão registrados no mercado brasileiro.
Entre as opções disponíveis no Brasil, há fundos atrelados ao Bitcoin, mas também ao Ethereum (ETH) e a índices do mercado cripto. Os ETFs ligados a criptomoedas, por sinal, dominaram a lista de ETFs mais rentáveis de 2023 na B3. A categoria ocupou nove posições do top 10. O destaque foi do Hashdex Smart Contract Platforms (WEB311), que rendeu 209,86% em 2023.
A criptomoeda teve uma valorização de 110% nos 365 dias que antecederam o halving da última sexta-feira (19).
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