Casas Bahia (BHIA3): Justiça aprova pedido de recuperação extrajudicial
Agora, com as novas condições, a empresa só precisará arcar com R$ 500 milhões durante o mesmo período.
A Livraria Saraiva (SLED4) pediu falência nesta quarta-feira (4). O movimento ocorre na esteira do fechamento das lojas e do esvaziamento do comando executivo da empresa, que está em recuperação judicial desde 2018.
Em fato relevante publicado após o fechamento do mercado, a Saraiva informou que protocolou o pedido de autofalência nesta quarta-feira (4) nos autos do processo da sua recuperação judicial, que tramita na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.
Além disso, a Saraiva informou que a RSM Brasil Auditores Independentes não presta mais serviços de auditoria independente para a companhia.
A Livraria Saraiva teve início em 1914 em São Paulo e chegou a ter mais de 100 lojas pelo Brasil. Porém, entrou em crise diante da concorrência com grandes plataformas de e-commerce e da redução da procura por livros físicos.
A Saraiva entrou em recuperação judicial em 2018, quando reportou uma dívida de R$ 675 milhões. Porém, não conseguiu se reestruturar. Em 21 de setembro, a rede comunicou o fechamento das últimas lojas físicas e o desligamento proporcional de funcionários.
Inicialmente, a ideia era manter o negócio por meio do e-commerce. As vendas pela internet, no entanto, geravam muita pouca receita para a companhia. No segundo trimestre de 2023, por exemplo, a Saraiva reportou a geração de receita líquida de R$ 7,2 milhões nas lojas físicas e de apenas R$ 128 mil no e-commerce.
Diante dessa perspectiva, o Conselho de Administração da Saraiva perdeu três membros em menos de um mês. A última renúncia foi da presidente do conselho, Olga Maria Barbosa Saraiva, apenas dois dias antes do pedido de falência da companhia.
Agora, com as novas condições, a empresa só precisará arcar com R$ 500 milhões durante o mesmo período.
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