A Santos Brasil (STBP3) deve engrossar o número de empresas que estão de saída da B3. É que a controladora da companhia quer comprar todas as suas ações e, assim, tirá-la da bolsa.
O grupo CMA Terminals assumiu o controle da Santos Brasil em 24 de abril, depois de desembolsar R$ 6,3 bilhões por uma fatia de 47,9% da empresa, elevando a sua participação no negócio para 51%.
🧾Com isso, a CMA comprometeu-se a realizar uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) para comprar as ações da companhia que seguem em circulação no mercado. O pedido de OPA foi registrado nessa sexta-feira (23) na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A companhia, contudo, também pretende converter o registro e tirar a Santos Brasil do Novo Mercado da B3 a partir da OPA.
A CMA argumenta que a operação atende aos interesses da companhia e de seus stakeholders devido aos custos de manutenção da listagem das ações, além da "falta de intenção de captação de recursos por meio de emissão pública de ações e a volatilidade do mercado de capitais brasileiro". Além disso, lembrou que a liquidez das ações deve diminuir depois da OPA.
Para avançar com a OPA, a CMA ainda precisa obter a aprovação da CVM e a adesão dos acionistas minoritários.
💲 Para isso, a companhia ofereceu um pagamento de R$ 13,60 por ação, ajustado pela taxa Selic, para os investidores que concordarem em vender suas ações.
É o mesmo preço pago pela CMA na aquisição do controle da Santos Brasil. O valor ainda representa um prêmio de 44% em relação à média ponderada dos últimos 12 meses e de 30% em relação ao preço justo por ação indicado em uma avaliação da PwC.
As ações da Santos Brasil, no entanto, já eram negociadas por R$ 13,62 no fechamento dessa sexta-feira (23). O papel acumula uma alta de 3,7% no ano.
A Santos Brasil não é a única empresa que pode deixar a B3 neste ano.
📉 O Carrefour (CRFB3), por exemplo, só terá ações negociadas na bolsa até a próxima sexta-feira (30). E a Serena Energia (SRNA3) também recebeu uma oferta para fechar o seu capital neste mês de maio.
Eletromídia (ELMD3) e Wilson Sons (PORT3) devem seguir o mesmo caminho. A ClearSale já se despediu da bolsa neste ano. Já empresas como Cielo e Alfa deixaram a B3 em 2024.
Diante desse cenário, 423 empresas estavam listadas na bolsa brasileira no final de abril. Isto é, 20 menos do que no mesmo período do ano passado, segundo dados da B3.
Veja aqui os motivos por trás dessa "debandada" de empresas da B3
Em relação ao segmento de veículos, a companhia movimentou 22,38 mil unidades em junho, uma alta de 35,9%.
Os terminais de contêiner da empresa movimentaram 383.890 contêineres no período.
