Americanas (AMER3) divulga opções de pagamentos a credores
A lista foi elaborada por meio de requerimentos dos credores e apresenta valores estimados.
Em janeiro de 2023, a Americanas (AMER3) revelou um rombo contábil de R$ 20 bilhões, valor posteriormente revisado para R$ 50 bilhões. A magnitude da fraude abalou o mercado, manchando a imagem da empresa e lançando dúvidas sobre sua governança corporativa. As ações da companhia despencaram na B3, perdendo mais de 75% do valor em apenas alguns dias.
💭 Em meio à crise, a Americanas buscou proteção na Justiça através da recuperação judicial. A empresa agora precisa reestruturar suas dívidas, negociar com credores e apresentar um plano de recuperação para tentar retomar a confiança do mercado e voltar a crescer.
Vale lembrar que ex-executivos da empresa também estão sendo investigados pela PF (Polícia Federal) por falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e manipulação de mercado por parte dos antigos líderes da companhia. O ex-CEO da companhia, Miguel Gutierrez foi solto uma semana atrás pelas autoridades espanholas, no entanto, terá que cumprir uma série de obrigações.
Para Raony Rossetti, CEO da Melver, as investigações podem até ser bem vistas pelos investidores da companhia, mas, que não é tão boa para saúde do mercado brasileiro. "Essa investigação pode ser vista com bons olhos pelos investidores. No entanto, essa reação é péssima para saúde do mercado acionário brasileiro", disse.
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🗣️Segundo ele, a reputação da empresa voltar é algo que vai demorar para acontecer. "Falando em curto e longo prazo, a reputação da empresa é algo que vai demorar muito tempo para ser reconstruída, isso se for possível. Acredito que será importante também acontecer algo com os três maiores acionistas, eles não podem ficar isentos dada a relevância societária deles", afirmou.
Por outro lado, em entrevista ao Suno Notícias, o analista CNPI da Suno Research José Daronco disse que a companhia é muito grande para quebrar. “Com as informações que temos, até então, não vemos a possibilidade de a Americanas quebrar, principalmente porque esse grupo apoiará a empresa na capitalização. Não haverá falta de caixa. Eventualmente, haverá uma diminuição e destruição expressiva de valor dos acionistas, o que já vimos com a primeira queda na bolsa”, avaliou Daronco.
🗯️ Na mesma linha, Leonardo Santamaria, especialista em ações da Suno Asset, descartou a hipótese de colapso da Americanas. “Os R$ 20 bilhões estavam dentro do balanço, mas em contas erradas. Algumas pessoas ainda não entenderam se isso tem, de fato, um impacto na operação da companhia – e a resposta é sim. Conforme uma empresa fica em dívida com um banco, há novas condições e taxas. Isso não se configura mais como uma conta de fornecedor, mas sim um empréstimo bancário”, explicou.
Já para Rossetti, comprar ações da Americanas neste momento é considerado um investimento altamente especulativo, visto que a empresa ainda enfrenta as consequências da crise contábil. "Investir na empresa agora é algo especulativo. Tem muita água para rolar, então o investidor que colocar dinheiro na Americanas agora estará fazendo uma aposta", avaliou.
A lista foi elaborada por meio de requerimentos dos credores e apresenta valores estimados.
A reunião está marcada para o dia 10 de maio de 2024.