Simpar (SIMH3) irá recomprar até 35,7 milhões de ações
O prazo de encerramento será no dia 20 de junho de 2026.
Ainda que a contagem regressiva para os bons ventos da renda fixa já esteja valendo, quem empresta o seu dinheiro em busca de aproveitar a taxa Selic pagando 15% ao ano, inclusive com empresas remunerando mais do que isso, não passa desapercebido no radar da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) em 2025.
Isso porque os investimentos em renda fixa são os protagonistas que levaram o mercado de capitais brasileiro a totalizar R$ 394,9 bilhões em volume acumulado nos sete primeiros meses do ano. Embora esse saldo total tenha caído −10,8% na comparação anual, em boa medida pelo desempenho ruim da renda variável, o mercado de juros compostos segue a todo vapor.
Apenas em julho, as empresas no Brasil captaram R$ 65,2 bilhões, o segundo maior valor mensal de 2025, apontam os dados da Anbima. Para Guilherme Maranhão, quem preside o Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais, é a renda fixa que deve continuar predominante com a expectativa de manutenção da Selic a 15% ao ano nos próximos meses.
O principal destaque entre os títulos no mercado são as debêntures, o tipo de investimento que permite emprestar dinheiro diretamente às empresas, recebendo juros compostos em troca, normalmente bem superiores aos oferecidos pelo Tesouro Direto.
Tais títulos de dívida corporativa somaram R$ 46,4 bilhões em julho, o maior volume mensal do ano, e R$ 238,9 bilhões no acumulado dos sete primeiros meses, com uma diminuição de −7% em relação à igual período do ano passado.
Por sua vez, os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) corresponderam a um montante de R$ 3,5 bilhões no mês e R$ 27,3 bilhões no ano, enquanto os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) registraram, respectivamente, R$ 2,3 bilhões e R$ 16,6 bilhões.
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A maioria dos recursos captados pelas companhias com as debêntures em 2025 foi destinada para investimentos em infraestrutura (37,3%), pagamento de dívidas (25,7%) e gestão ordinária (17,0%). Nesse intervalo, o prazo médio dos papéis atingiu 7,9 anos.
Só para se ter ideia de quanto as debêntures estão pagando nesta segunda quinzena de agosto, a ferramenta do Investidor10 que monitora os investimentos em renda fixa aponta que as debêntures emitidas pela Simpar remuneram IPCA+ 12,35% ao ano. O vencimento do título ocorre em 15 de setembro de 2031.
Ou seja, caso o investidor emprestasse R$ 10 mil à holding Simpar (SIMH3), nos próximos 73 meses teria o rendimento bruto de R$ 28.683,23. Já descontada a cobrança de imposto de renda, por não se tratar de uma debênture incentivada, o investidor embolsaria R$ 25.880,74. Trata-se de uma rentabilidade bruta de 18,23% ao ano.
Mesmo que o investimento em debêntures não seja para todo investidor de renda fixa, por não contar com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e ter um risco de calote bem elevado a depender da empresa a quem se empresta, a simulação mostra que um CDB pagando 100% do CDI retornaria R$ 19.528,82 nas mesmas condições.
Debênture Simpar IPCA+ 12,35% ao ano
O prazo de encerramento será no dia 20 de junho de 2026.
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