Raízen (RAIZ4) pode ganhar novo sócio, em capitalização bilionária

Controladoras da Raízen, Cosan e Shell avaliam potenciais investidores para o negócio.

Author
Publicado em 02/09/2025 às 13:13h - Atualizado 2 minutos atrás Publicado em 02/09/2025 às 13:13h Atualizado 2 minutos atrás por Marina Barbosa
Raízen tenta reduzir endividamento (Imagem: Shutterstock)

A Raízen (RAIZ4) pode ganhar um novo sócio, em uma tentativa de levantar capital e, assim, reduzir o seu endividamento.

🔎 Controladores da Raízen, Cosan (CSAN3) e Shell (SHEL) têm avaliado "potenciais investidores para uma transação de capitalização".

A possibilidade já havia sido levantada pela Cosan em agosto e foi confirmada em comunicado publicado nesta terça-feira (2).

O comunicado ressalta, contudo, que não há quaisquer aprovações ou eventos vinculantes até o momento.

Japoneses estão no páreo

A Cosan manifestou-se sobre o assunto depois que a "Bloomberg" publicou que a Mitsubishi (M1UF34)seria uma das interessadas em comprar uma participação da Raízen.

Interessada em atuar no mercado global de etanol, a Mitsui (S1MF34)também estaria no páreo, segundo o "Valor Econômico".

💲 De acordo com as reportagens, a Cosan estaria em busca de uma injeção de capital de R$ 10 bilhões na Raízen, mas o valor do negócio ainda está em discussão.

Na apresentação dos resultados do segundo trimestre de 2025, a Cosan já havia dito que gostava da ideia de trazer um sócio estratégico para a Raízen.

Presidente da Cosan, Marcelo Martins disse á época que "a contribuição de capital" que este novo sócio poderia trazer para a empresa era "bastante importante". Contudo, afirmou que um eventual sócio também precisava mostrar alinhamento com a estratégia de negócio da companhia.

Raízen no vermelho

A Raízen registrou um prejuízo de R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre da sara 2025/2026, além de uma dívida líquida de R$ 49,2 bilhões.

Por isso, a companhia vem se desfazendo de ativos, como usinas de etanol e geração distribuída de energia, para reduzir o seu endividamento.

A empresa diz que a otimização do portfólio ainda lhe permitirá voltar a focar no "core" do negócio. Isto é, na produção de açúcar, etanol e bioenergia e na distribuição de combustíveis.