Raízen (RAIZ4) levanta R$ 1,5 bilhão na sua maior venda de usinas
As usinas de Rio Brilhante e Passa Tempo foram vendidas para a Cocal Agroindústria.
A Raízen (RAIZ4) pode ganhar um novo sócio, em uma tentativa de levantar capital e, assim, reduzir o seu endividamento.
🔎 Controladores da Raízen, Cosan (CSAN3) e Shell (SHEL) têm avaliado "potenciais investidores para uma transação de capitalização".
A possibilidade já havia sido levantada pela Cosan em agosto e foi confirmada em comunicado publicado nesta terça-feira (2).
O comunicado ressalta, contudo, que não há quaisquer aprovações ou eventos vinculantes até o momento.
A Cosan manifestou-se sobre o assunto depois que a "Bloomberg" publicou que a Mitsubishi (M1UF34)seria uma das interessadas em comprar uma participação da Raízen.
Interessada em atuar no mercado global de etanol, a Mitsui (S1MF34)também estaria no páreo, segundo o "Valor Econômico".
💲 De acordo com as reportagens, a Cosan estaria em busca de uma injeção de capital de R$ 10 bilhões na Raízen, mas o valor do negócio ainda está em discussão.
Na apresentação dos resultados do segundo trimestre de 2025, a Cosan já havia dito que gostava da ideia de trazer um sócio estratégico para a Raízen.
Presidente da Cosan, Marcelo Martins disse á época que "a contribuição de capital" que este novo sócio poderia trazer para a empresa era "bastante importante". Contudo, afirmou que um eventual sócio também precisava mostrar alinhamento com a estratégia de negócio da companhia.
A Raízen registrou um prejuízo de R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre da sara 2025/2026, além de uma dívida líquida de R$ 49,2 bilhões.
⛽ Por isso, a companhia vem se desfazendo de ativos, como usinas de etanol e geração distribuída de energia, para reduzir o seu endividamento.
A empresa diz que a otimização do portfólio ainda lhe permitirá voltar a focar no "core" do negócio. Isto é, na produção de açúcar, etanol e bioenergia e na distribuição de combustíveis.
As usinas de Rio Brilhante e Passa Tempo foram vendidas para a Cocal Agroindústria.
Produtora de açúcar e etanol já é uma das empresas mais endividadas com ações negociadas na B3.