‘Quem vendeu, vai se arrepender’, diz CEO da Petrobras sobre queda de R$ 32 bilhões

Executiva também comentou sobre a eventual entrada da companhia na distribuição de gás

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Publicado em 09/08/2025 às 14:09h - Atualizado 2 minutos atrás Publicado em 09/08/2025 às 14:09h Atualizado 2 minutos atrás por Wesley Santana
Mandato da CEO como principal executiva termina em 2027 (Imagem: Shutterstock)

Depois de divulgar seu balanço do segundo trimestre, a Petrobras (PETR4) viu seu valor de mercado despencar. No total, a baixa foi superior a R$ 32 bilhões na semana, conforme dados da bolsa de valores.

A reação dos investidores, porém, esteve mais relacionada à decisão da companhia de não distribuir dividendos extras. Isso porque os números foram positivos, alguns inclusive superando a projeção dos analistas do setor de comodities.

No entanto, enquanto o mercado esperava proventos extraordinários, a diretoria veio com um balde de água fria. O anúncio dos dividendos foi quase metade do que o previsto pelo mercado, o que conduziu os investidores a uma reação quase que imediata.

Depois das duas divulgações e do movimento de baixa, Magda Chambriard, CEO da Petrobras, se pronunciou. Em evento sobre diversidade, ela destacou que, quem apostou contra as ações da companhia, vai se arrepender.

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“Toda vez que a gente divulga um resultado tem alguém que tenta evitar um monstro na sala. E aí a gente acende a luz, o monstro some e quem vendeu perdeu dinheiro”, afirmou.

“Isso tudo somado a, digamos assim, um susto com uma possível volta à distribuição coroou um pessimismo que, vamos dizer assim, leva a uma venda [de ações]. E quem vendeu vai ser arrepender”, completou.

Magda também aproveitou o espaço para comentar a possível volta da Petrobras para o setor de distribuição de gás de cozinha. Ela destacou a capacidade da empresa de atuar em todas as etapas do ciclo de fornecimento, mas destacou que a distribuição é um segmento com margens mais apertadas.

“Somos uma empresa que nasceu integrada do poço ao posto. Diante de um produto que vai ter uma produção crescente, e se for um bom negócio para a companhia com uma atratividade adequada, por que não exercer mais essa sinergia?”, questionou.

Lucro bilionário

Apesar da reação dos investidores, o lucro da estatal no 2T25 foi de R$ 26,65 bilhões. O resultado representa uma reversão do prejuízo de R$ 2,6 bilhões auferido um ano antes.

No período, o Ebitda (lucro antes de juros e impostos) foi de R$ 10,2 bilhões, acima da expectativa dos analistas do mercado. Já a somatória de dividendos ficou na casa de US$ 1,5 bilhão quando o consenso falava em US$ 2 bi.

O valor representa um repasse de R$ 0,6719 por ação ordinária e preferencial. Ele será pago aos investidores entre os dias 21 e 22 de novembro como juros sobre capital próprio.