A
Raízen (RAIZ4) amargou prejuízo líquido de R$ 2,31 bilhões no segundo trimestre da atual safra 2025/2026 (equivalente ao
3T25), piora de +1.460% em relação ao saldo também negativo de R$ 158,3 milhões apurados um ano antes, conforme relatório de resultados divulgado nesta sexta-feira (14).
Na justificativa da produtora de açúcar e etanol, o esfacelamento de sua lucratividade neste momento da safra é fruto do aumento de suas despesas financeiras, o que não é segredo em um ambiente da
taxa Selic em 15% ao ano.
"Adicionalmente, foram reconhecidos neste trimestre impactos negativos não recorrentes (não caixa) relacionados à hibernação e alienação de ativos, no montante de R$ 1 bilhão, em linha com o processo de simplificação do portfólio. Cabe destacar que esse efeito deverá ser majoritariamente compensado pelos impactos positivos esperados com a conclusão das transações já anunciadas", destaca o relatório de resultados.
Já olhando para a dívida líquida da
RAIZ4, o montante era de R$ 53,43 bilhões no acumulado dos seis meses da atual safra de
cana-de-açúcar, que compreende o intervalo entre abril e setembro de 2025. Na comparação com o mesmo período da safra anterior, o saldo devedor era de R$ 35,92 bilhões.
Todavia, mesmo sob os efeitos da sazonalidade no campo com aumento pontual dos estoques de açúcar e etanol, a Raízen fortaleceu sua posição de caixa na comparação com o primeiro trimestre da atual safra (período entre abril e junho de 2025). A empresa conta com R$ 3,9 bilhões que receberá nos próximos meses, por conta dos ativos que colocou à venda.
Por sua vez, a receita líquida totalizou R$ 59,91 bilhões no segundo trimestre da atual safra 2025/2026, queda de -17% na comparação anual, quando foram computados R$ 72,90 bilhões, explicada pelo menor volume de açúcar e etanol comercializado e menores margens nos negócios de distribuição de combustíveis na Argentina.
Segundo dados do
Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em
RAIZ4 há dois anos, hoje você teria
R$ 241,30, já considerando o reinvestimento dos
dividendos. A simulação também aponta que o
Ibovespa teria retornado
R$ 1.283,40 nas mesmas condições.