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Se nem os famosos índices acionários americanos Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq-100 estão levando a melhor em 2025, não é de se admirar que o dólar esteja perdendo força contra 24 moedas dentro do universo das 27 maiores economias do mundo. Tudo isso somente nos seis primeiros meses da nova era Donald Trump.
Dados compilados pela consultoria Elos Ayta revelam que, no período de seis meses até 18 de julho, o dólar norte-americano recuou bastante frente ao DXY, índice de referência global para o valor do dólar frente às principais moedas de países desenvolvidos (Zona do Euro, Japão, Reino Unido, Canadá, Suécia e Suíça).
E toda essa fraqueza do dólar americano tende a beneficiar os investimentos em países emergentes, caso do Brasil, avalia o consultor financeiro Einar Rivero. Nesta reta final de julho, o dólar à vista segue abaixo de R$ 5,60, bem distante das máximas de R$ 6,30 na virada de ano.
"Esse movimento é expressivo e carrega implicações econômicas relevantes. A queda generalizada do dólar tende a impulsionar mercados emergentes, facilitar o alívio de dívidas externas e estimular as bolsas de valores", destaca o CEO da Elos Ayta.
No caso brasileiro, o dólar Ptax, taxa oficial usada pelo Banco Central, caiu 8,32% desde a posse de Trump. O Brasil ocupa a 11ª posição no ranking das moedas que mais se valorizaram frente ao dólar, considerando também o desempenho do DXY.
Para Einar Riverio, tal cenário reforça a percepção de fortalecimento do real brasileiro, em linha com a tendência global de desvalorização do dólar, e está associado à melhora do fluxo cambial e ao apetite por risco de investidores estrangeiros.
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A maior desvalorização da moeda norte-americana nos seis primeiros meses do governo Trump foi registrada diante do rublo russo, com recuo de impressionantes −23,40%. O top 3 das quedas se completa com a coroa sueca (-13,66%) e o franco suíço (-13,04%).
Ao todo, sete economias reportaram perdas superiores a 10% na paridade com o dólar, movimento que espelha a própria queda de −10,49% do DXY, o índice que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas de países desenvolvidos.
E vale a pena entender quais são os possíveis impactos práticos nos investimentos com um dólar mais em conta no mercado de câmbio.
Atualmente, as apostas dos investidores são de que, em breve, o Federal Reserve (órgão equivalente ao nosso Banco Central) irá cortar os juros nos EUA, ou, ao menos, manter uma política monetária mais flexível, o que alimenta a fraqueza do dólar.
Logo, isso tem total relação com o fato de os investidores globais buscarem diversificar o seu dinheiro em bolsas de valores fora dos EUA, fazendo com que Colômbia, Espanha, Alemanha, China e até o Brasil tivessem um desempenho em dólares melhor que o S&P 500, que acabou bastante pressionado pela guerra comercial de Trump, mesmo que já tenha se recuperado consideravelmente desde as mínimas em abril.
Mas, é claro que algumas moedas de economias relevantes no mundo ainda assim seguem abaixo dos rendimentos do dólar americano, conforme também aponta o levantamento da Elos Ayta.
Apenas três países apresentaram valorização da moeda americana no período analisado. Em Hong Kong, a valorização foi simbólica (+0,77%), reflexo do câmbio atrelado ao dólar. Já em Turquia (+13,59%) e Argentina (+22,83%), o movimento foi intenso, refletindo instabilidades econômicas internas, inflação elevada e deterioração da confiança nas moedas locais.
"O comportamento da moeda americana nos seis primeiros meses da nova gestão Trump indica uma mudança estrutural nos fluxos financeiros globais. A desvalorização ampla do dólar reequilibra forças nos mercados, melhora a atratividade de ativos internacionais e pode abrir espaço para uma nova fase de crescimento, especialmente nos países que conseguiram se beneficiar dessa tendência", conclui Einar Rivero.
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