Cade: Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi pode exigir restrições
O foco principal será determinar quais lojas precisarão ser vendidas.
A Petz (PETZ3) anunciou nesta sexta-feira (26) que o período de negociações exclusivas para a combinação de negócios com a Cobasi terminará no dia 23 de agosto, podendo ser prorrogado por mais 30 dias caso as partes optem por continuar as conversas. Esta operação resultará na formação de uma líder no mercado pet no Brasil, com um faturamento estimado de R$ 6,9 bilhões.
💬 De acordo com o anúncio inicial, a proposta é que os acionistas de ambas as empresas detenham 50% do negócio combinado. No momento, a Petz está sendo assessorada pelo Itaú BBA e pelo Lefosse Advogados, enquanto a Cobasi conta com o Morgan Stanley e o Pinheiro Neto Advogados.
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Em abril o anúncio de fusão entre as duas companhias despertou preocupações sobre o impacto competitivo. Uma fonte do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) disse ao "Broadcast" que é pouco provável que a combinação de negócios seja aprovada sem algum tipo de restrição.
🗨️ Embora as análises ainda sejam preliminares, já que as empresas assinaram o memorando ainda em abril, espera-se que o negócio resulte em diversas sobreposições, o que pode demandar medidas corretivas específicas. O principal foco será identificar quais lojas precisarão ser vendidas, especialmente considerando que as análises antitruste costumam ser realizadas cidade por cidade e até mesmo bairro por bairro em municípios mais populosos.
Durante uma teleconferência sobre a fusão com a Cobasi, o CEO da Petz, Sergio Zimerman, expressou otimismo quanto à avaliação pelo Cade e sugeriu que quaisquer medidas corretivas necessárias não devem ser significativamente prejudiciais. O CEO da Cobasi, Paulo Nassar, compartilhou a mesma perspectiva, ressaltando que a participação combinada das empresas no mercado é relativamente baixa, o que pode indicar que as restrições impostas pelo Cade serão leves.
O foco principal será determinar quais lojas precisarão ser vendidas.
Após uma sequência de perdas, o Ibovespa ganhou força e fechou o pregão desta sexta-feira (19) com alta de 0,75%, nos 125,124 mil pontos.