A principal referência para a nossa
Petrobras (PETR4) aqui no Brasil, o
petróleo tipo Brent, viu seus preços dispararem +5,10% nesta quarta-feira (22), após o fechamento do mercado à vista da Bolsa de Valores de Londres, com seus contratos futuros valendo US$ 64,45 por barril.
O rali altista da
commodity no curto prazo tem como pano de fundo uma nova rodada de sanções econômicas dos Estados Unidos contra seu rival geopolítico, a Rússia, um dos maiores produtores de petróleo e gás natural do mundo.
No caso, o governo Trump multou duas das maiores petrolíferas russas, a Rosneft e a Lukoil OAO, conforme comunicado divulgado pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês), que é vinculado ao Departamento do Tesouro dos EUA, órgão equivalente ao nosso Ministério da Fazenda.
O motivo alegado pelos americanos para as novas sanções teria relação direta com a falta de comprometimento sério da Rússia com um processo de paz para encerrar a guerra na Ucrânia. Estão bloqueados todos os bens e interesses em propriedades das empresas russas Rosneft e Lukoil que estão nos EUA ou controlados por pessoas americanas.
Dessa maneira, a administração Donald Trump consegue pressionar ainda mais o Kremlin de Vladimir Putin, atacando a espinha dorsal de sua economia, o petróleo, assim como os governos europeus o fazem desde o início do conflito armado no velho continente há três anos.
Por outro lado, as petroleiras ao redor do mundo já reagiam aos mais recentes eventos no tabuleiro geopolítico, com destaque para os maiores avanços de empresas europeias. A distribuidora de combustíveis britânica
Shell (SHEL) decolou +2,57%, seguida bem de perto da transportadora de petróleo cru e derivados dinamarquesa
Torm (TRMD), que avançou +2,20%.
As gigantes americanas do ramo também pegaram carona na valorização do petróleo, com
Exxon Mobil (XOM) e
Chevron (CVX) subindo +1,77% e +1,15%, respectivamente. Já a canadense
Enbridge (ENB), que opera gasodutos na América do Norte, se apreciava +0,93%.