💸 O BTG Pactual afirmou nesta sexta-feira (7) que, ainda com o resultado acima do esperado da
Petrobras (PETR4), não é provável que a estatal pague dividendos extraordinários. Segundo o banco, os investimentos mais altos e o cenário de preços menores do petróleo devem limitar essa possibilidade.
Para o BTG, a Petrobras vive um momento operacional positivo, com geração de caixa robusta e dividendos consistentes. A instituição destacou que o Ebitda ajustado de US$ 12 bilhões superou suas estimativas em 4% e o consenso do mercado em 5%, impulsionado por maior produção, exportações e demanda doméstica aquecida.
O fluxo de caixa livre chegou a US$ 5 bilhões, acima da projeção de US$ 4,8 bilhões do BTG. Ainda assim, o banco pontuou que o desempenho poderia ter sido mais expressivo, caso o capex não tivesse crescido 20% frente ao trimestre anterior, para US$ 4,9 bilhões.
O BTG reforçou ainda que a prioridade da administração é manter o pagamento de dividendos ordinários, ainda que isso resulte em alavancagem mais alta no curto prazo. A recomendação segue de compra, com preço-alvo de US$ 15, o que representa potencial de valorização de 23%.
💸 Lembrando que em agosto, após a divulgação do 2T25, o CFO da companhia, Fernando Melgarejo afirmou que, considerando o momento financeiro da empresa, a probabilidade de distribuição de dividendos extraordinários está mais baixa.
“O dividendo ordinário continua no mesmo patamar, não temos mudança. O extraordinário, com uma renda menor, teríamos mais dificuldade para fazer pagamentos. Gostaríamos de ter excesso de caixa para fazer esse pagamento, mas a gente vislumbra baixa probabilidade”, disse o CFO em teleconferência
Números da Petrobras no 3T25
A Petrobras reportou um
lucro líquido de US$ 6,02 bilhões, o que representa alta de 2,7% em relação ao mesmo período de 2024. A estatal ainda anunciou o pagamento de R$ 12,2 bilhões em dividendos. A receita líquida totalizou US$ 23,5 bilhões, crescimento de 0,5% na mesma base de comparação.
💲 O resultado foi positivo apesar da queda de 13,9% nos preços do petróleo em relação ao 3T24. No trimestre, o Brent, referência global, teve média de US$ 69,07 por barril, com alta de 1,8% em relação ao segundo trimestre.
Além disso, o Ebitda ajustado da petroleira ficou em US$ 11,7 bilhões, crescimento de 2,2% em relação ao 3T24. Ao excluir eventos extraordinários, o Ebitda ajustado sobe para US$ 11,9 bilhões, avanço ligeiramente maior, de 2,9%.