🚨 A Petrobras (PETR4) estuda ingressar diretamente na distribuição de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) — conhecido popularmente como gás de cozinha — caso avalie que o segmento pode oferecer margens atrativas.
A afirmação foi feita pela presidente da estatal, Magda Chambriard, nesta segunda-feira (18), em entrevista à agência Eixos.
Segundo a executiva, os retornos do mercado de GLP vêm apresentando resultados significativos nos últimos anos, em alguns momentos até superiores ao que a estatal obtém com a exploração do pré-sal.
“O GLP está se transformando em um negócio altamente lucrativo e nós queremos participar. Temos que estar nesse mercado faturando e ajudando a discipliná-lo”, destacou Chambriard.
A executiva afirmou que a Petrobras poderá estruturar uma operação voltada à distribuição direta, atuando como disciplinadora em um setor que, segundo ela, voltou a apresentar sinais de desorganização.
Atualmente, o GLP é um produto majoritariamente importado, mas que poderia, em parte, ser substituído pelo gás natural.
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A presidente da Petrobras adiantou que a companhia estuda separar novamente o preço do GLP industrial do gás de cozinha, a fim de evitar distorções no mercado.
Ela também comentou o avanço do uso do GLP no agronegócio, especialmente no processo de secagem de grãos, prática que considera ineficiente.
“O setor do agronegócio está pensando em usar GLP para secar grãos no interior do país, o que acho uma incongruência. Sai mais caro importar o GLP do que usar o gás natural”, afirmou Chambriard.
Magda ressaltou que a Petrobras vem ampliando a logística do gás natural no país, com uma redução de quase 40% no preço praticado para distribuidoras. Ainda assim, os preços do GLP continuam em alta, especialmente no segmento industrial.
“Vamos trazer mais gás natural para a costa. Esse é o caminho para reduzir ainda mais os preços e garantir competitividade aos setores químico e siderúrgico”, disse a CEO.
📊 A executiva reforçou que o papel da Petrobras é otimizar o mercado de gás no Brasil, ampliando a oferta e garantindo preços mais estáveis para consumidores e indústrias.
A companhia considera aumentar a produção dos atuais 225 mil barris por dia para 250 mil barris por dia, em função da alta produtividade do campo.
Nos recolhimentos estaduais, a companhia pagou R$ 53,6 bilhões.
