Empresas da B3 perdem R$ 141 bi em valor de mercado após tarifas, veja maiores perdas
Juntas, Petrobras e Vale respondem por 75% de toda a desvalorização registrada entre 2 e 10 de abril.
💸 Na última segunda-feira (7), as ações da Petrobras (PETR4) acentuaram sua trajetória de queda resultando em uma perda de R$ 23,10 bilhões no valor de mercado da companhia. Isso porque além dos desdobramentos das tarifas de Donald Trump (partido Republicano), presidente dos Estados Unidos, também houve a repercussão sobre uma possível interferência política na política de preços da estatal.
Conforme levantamento da "CNN Brasil", o ministro de MME (Minas e Energia), Alexandre Silveira (PSD-MG), buscou a direção da Petrobras para solicitar a diminuição dos preços dos combustíveis. Entre os argumentos de Silveira estão o aumento da oferta de petróleo em nível mundial e a queda expressiva nas cotações internacionais.
A presidente da petroleira, Magda Chambriard, no entanto, disse que a empresa não deve alterar os preços dos combustíveis enquanto o cenário estiver turbulento. “Não devemos fazer nada agora, enquanto o cenário geopolítico estiver com essa ansiedade e turbulência”, disse à "Reuters".
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Além disso, nos últimos dias, o barril de Brent, principal referência no mercado mundial de petróleo, sofreu uma queda acentuada. Somente na segunda-feira (7), a desvalorização foi de 3,5%, chegando a US$ 63,30 por barril. Esses valores representam os níveis mais baixos desde 2021.
💰 Outro movimento pode ter desencadeado a queda das ações. Na semana passada, os países membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) acordaram em aumentar a produção em 411 mil boed (barris diários) a partir de maio. Havia uma expectativa prévia de um aumento na produção, mas em uma magnitude bem menor, na ordem de 140 mil barris por dia.
A elevação da produção faz parte de uma estratégia maior para desfazer de maneira gradual as reduções preexistentes, totalizando 2,2 milhões de boed a contar deste mês. Os países membros da Opep+ reforçaram ainda que essas mudanças estão sujeitas a pausas ou reversões.
Juntas, Petrobras e Vale respondem por 75% de toda a desvalorização registrada entre 2 e 10 de abril.
A diretora-executiva de Exploração e Produção da empresa destacou que o objetivo da petroleira é sustentar uma produção crescente.