Petrobras (PETR4): O que deve mudar com a chegada da nova presidente; confira

A Petrobras está prestes a passar por uma fase de transformação sob a futura presidência de Magda Chambriard.

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Publicado em 22/05/2024 às 14:54h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 22/05/2024 às 14:54h Atualizado 1 mês atrás por Matheus Rodrigues

📈 A Petrobras (PETR4) está prestes a passar por uma fase de transformação sob a futura presidência de Magda Chambriard, que planeja reestruturar a diretoria, mantendo parte dos atuais executivos.

Entre os que deverão continuar está Mauricio Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade.

Tolmasquim recentemente encontrou-se com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, discutindo principalmente questões relacionadas ao gás natural.

Esta reunião é vista como um sinal positivo para Tolmasquim, apontando para sua permanência em meio às mudanças na estatal que visam alinhar-se mais estreitamente com as políticas do governo federal.

Tolmasquim é considerado um elemento chave, especialmente em um momento em que a Petrobras busca expandir sua atuação no setor de energia elétrica, uma área relativamente nova para Chambriard.

No entanto, nem todos os diretores estão em posição tão segura. Carlos Travassos, diretor de Engenharia, Inovação e Tecnologia, enfrenta críticas significativas por atrasos em projetos e falta de atenção ao conteúdo local em empreendimentos.

Sua permanência é vista como improvável devido à pressão interna para que a nova gestão acelere os projetos e atenda melhor às demandas do governo e dos trabalhadores.

A revisão da diretoria e aceleração dos projetos são consideradas essenciais para revitalizar a empresa e atender às expectativas do governo, que tem planos ambiciosos para a indústria naval e para a ampliação da infraestrutura de gás natural no país.

Chambriard, com sua experiência em petróleo, mas com menos familiaridade com o setor elétrico, dependerá de figuras como Tolmasquim para navegar nos desafios do setor.

🚨 Este momento de mudança na Petrobras ocorre em um contexto de tensões internas e expectativas governamentais elevadas, o que coloca a nova presidente em uma posição desafiadora, exigindo equilíbrio entre as demandas políticas e as necessidades operacionais da empresa.

Quem é Magda Chambriard?

Magda Chambriard, uma figura já conhecida nos círculos de energia e petróleo do Brasil, não é novata em posições de liderança e regulação no setor.

Com uma carreira que começou na Petrobras em 1980, Chambriard tem mais de quatro décadas de experiência, principalmente na área de produção de petróleo e gás.

Sua trajetória na estatal durou 22 anos, após os quais ela se juntou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), onde eventualmente ascendeu ao cargo de diretora-geral.

Nascida em 1958, Magda Chambriard formou-se em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1979, e, uma década depois, concluiu seu mestrado em Engenharia Química pela COPPE/UFRJ.

📖 Antes de sua nomeação como diretora-geral da ANP em 2012, uma posição que manteve até 2016, Chambriard já havia deixado sua marca na Petrobras e na própria agência.

Durante seu tempo na ANP, ela foi responsável por importantes iniciativas regulatórias e liderou a implementação do Plano Plurianual de Geologia e Geofísica, que foi crucial para o sucesso de futuras licitações de exploração de petróleo em novas fronteiras sedimentares.

Como diretora-geral da ANP, Chambriard não apenas supervisionou a regulamentação e a promoção de leilões de exploração, mas também enfrentou desafios significativos, como o vazamento de óleo na Bacia de Campos pela Chevron.

Suas decisões frequentemente rigorosas, incluindo a aplicação de multas pesadas a operadoras de plataformas, destacaram seu compromisso com a segurança e a sustentabilidade ambiental, embora também tenham provocado discórdias dentro do setor.

Além de seu trabalho regulatório, Chambriard também se destacou como defensora de uma maior exploração de petróleo em áreas inexploradas do Brasil, como a Margem Equatorial e a Bacia de Pelotas.

Ela acredita que o "boom do pré-sal" já passou e que é essencial buscar novas fronteiras para manter a produção de petróleo do país.

Após deixar a ANP, Chambriard continuou a influenciar o setor como consultora e como diretora da assessoria fiscal da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Ela também fundou a Chambriard Engenharia e Energia, onde tem trabalhado ativamente na consultoria em energia.