Petrobras (PETR4) mira novo sócio na Braskem (BRKM5), diz Prates

Segundo o presidente da Petrobras, companhia não pretende exercer o direito de preferência para comprar a fatia da Braskem que hoje é da Novonor

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Publicado em 20/02/2024 às 16:10h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 20/02/2024 às 16:10h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (Reprodução/X)

A Petrobras (PETR4) pretende dividir a gestão da Braskem (BRKM5) com um novo sócio. Logo, não tem a intenção de exercer o direito de preferência que lhe permitiria comprar a fatia da petroquímica que hoje é da Novonor. Foi o que disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

🗣️ "A intenção claramente não é exercer direito de preferência, é realmente ter um sócio que a gente possa trabalhar junto", disse Prates, em entrevista a jornalistas nesta terça-feira (20), segundo a "Reuters".

Atualmente, a Novonor (antiga Odebrecht) detém 50,1% do capital votante da Braskem. A Petrobras é dona de outros 47%. A Novonor, contudo, está em recuperação judicial e recebeu uma proposta da Adnoc para vender a sua participação na Braskem por R$ 10,5 bilhões.

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O presidente da Petrobras se reuniu com o ministro da Indústria e Tecnologia dos Emirados Árabes Unidos e CEO da Adnoc, Sultan Al Jabber, em Abu Dhabi, na última quinta-feira (15). Ele disse que tem tentado conhecer os "potenciais parceiros e sócios", sem influenciar o processo de venda da fatia da Novonor na Braskem.

🤝 "Não somos nem vendedores nem compradores dessa outra parte da Braskem, estamos parados, observando o processo, tentando em algumas conversas paralelamente, sem influenciar o processo, conhecer os potenciais parceiros que poderão ser nossos sócios", afirmou.

Prates ainda ressaltou que essa eventual parceria deve contar com "igualdade de condições". "É natural que numa nova estrutura, com congênere, de mesmo tamanho que a gente, tenha co-gestão, de igual para igual", argumentou.

Mubadala e refinaria

Jean Paul Prates também reforçou nesta terça-feira (20) a intenção da Petrobras de retomar o controle da Rlam (Refinaria Landulpho Alves), que foi vendida em 2021 para o fundo árabe Mubadala por US$ 1,65 bilhão.

"Queremos voltar a fazer parte da refinaria. A unidade perdeu sinergias quando foi vendida, não deu certo a venda da refinaria naquela região. Recuperar Mataripe é importante para a Petrobras", disse Prates a jornalistas, segundo o jornal "Valor Econômico".

Prates discutiu o assunto com o CEO do Mubadala, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, há cerca de uma semana. Ele disse que as companhias pretendem construir uma "nova configuração societária e operacional" para a refinaria ainda neste primeiro semestre de 2024.