Petrobras (PETR4) recupera valor de mercado pré-crise dos dividendos
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
A Petrobras (PETR4) assinou nesta quarta-feira (3) o acordo firmado com o Cade (Conselho de Administrativo de Defesa Econômica) para suspender a venda de refinarias e da TBG (Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil).
⛽ O acordo havia sido firmado em maio e estabelece que, para suspender a venda dos ativos, a Petrobras terá que assumir algumas obrigações, como a prática de preços competitivos, alinhados ao mercado internacional, na venda de petróleo.
Segundo a estatal, o aditivo firmado com o Cade preserva o objetivo original do termo de compromisso, de manutenção da competitividade no mercado de refino. Além disso, suspende inquéritos administrativos envolvendo a companhia e confirma a desobrigação da venda de refinarias e da TBG.
"A Petrobras considera que a assinatura do aditivo ao TCC consolida os esforços de cooperação entre o CADE e a companhia e está alinhada ao atual momento de transição na configuração do sistema de refino brasileiro", declarou.
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💲 Para manter as refinarias e a TBG, a Petrobras terá que cumprir certas obrigações na oferta de petróleo e derivados de petróleo a terceiros em território nacional.
A companhia já havia anunciado algumas dessas obrigações em maio, como a disponibilização de mecanismos que permitam ao Cade acompanhar a sua atuação comercial e a oferta de Contratos Frame, que permitem a negociação carga a carga, a qualquer refinaria independente.
Contudo, atualizou a lista de compromissos nesta quarta-feira (3). Veja as novas diretrizes de comercialização de petróleo para entregas marítimas da Petrobras:
A Petrobras firmou termos de compromisso para os mercados de refino e gás com o Cade em 2019, no governo de Jair Bolsonaro (PL), como uma forma de o órgão arquivar investigações sobre supostas condutas anticompetitivas da estatal.
O acordo, no entanto, previa a venda de refinarias e da TBG. Por isso, foi renegociado no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que quer aumentar os investimentos da estatal em refino. O acordo tem validade de três anos, prorrogáveis por igual período.
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
Se ingressarem nos cofres do governo, os recursos contribuirão para compensar frustrações de receitas.