Greve na Petrobras (PETR4): Petroleiros prometem cruzar os braços na 2ª feira
Estatal propôs um reajuste real de 0,5% em 2026, mas categoria considera proposta insuficiente.
A Petrobras (PETR4) detalhou nesta quinta-feira (11) a forma de pagamento dos proventos bilionários anunciados junto com o balanço do terceiro trimestre de 2025.
💰 A companhia aprovou em novembro a distribuição de R$ 12,16 bilhões em dividendos intercalares, o que equivalente a R$ 0,9432 por ação.
Agora, informou que boa parte dessa cifra será paga sob a forma de JCP (Juros sobre o Capital Próprio), que estão sujeitos à retenção de 15% de IR (Imposto de Renda).
Veja como será o pagamento:
Segundo a estatal, o valor das duas parcelas será atualizado pela taxa Selic acumulada entre o final de 2025 e a data de pagamento.
Vale lembrar ainda que o valor líquido por ação dos JCP será menor para os acionistas que estão sujeitos à tributação pelo IR.
📅 Para ter direito aos proventos, é preciso ser acionista da Petrobras no próximo dia 22 de dezembro. As ações da companhia serão negociadas na condição de ex-dividendos a partir de 23 de dezembro na B3.
No caso dos ADRs (American Depositary Receipts) negociados em Nova York, a data de corte é 26 de dezembro. E o pagamento será realizado a partir de 27 de fevereiro e 27 de março de 2026.
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Os dividendos foram aprovados depois de a Petrobras superar as expectativas do mercado com um lucro de R$ 32,7 bilhões no terceiro trimestre de 2025.
⛽ O resultado aumentou 22,7% em relação ao trimestre anterior, impulsionado pelo aumento da produção de petróleo. Já em relação ao mesmo período de 2024, cresceu apenas 0,5% por causa da baixa dos preços do petróleo.
A queda do petróleo também fez a estatal revisar seus planos para os próximos anos, cortando custos e investimentos.
O Plano de Negócios 2026-2030 da Petrobras prevê uma economia de US$ 12 bilhões e US$ 109 bilhões em investimentos no período um aporte 1,8% menor que o do plano anterior. Além disso, o plano não prevê o pagamento de dividendos extraordinários nos próximos cinco anos.
Estatal propôs um reajuste real de 0,5% em 2026, mas categoria considera proposta insuficiente.
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