Petrobras (PETR4) demite mais de 30 funcionários e saídas devem continuar

A rapidez com que essas demissões foram realizadas é vista como um movimento sem precedentes na estatal.

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Publicado em 17/05/2024 às 08:20h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 17/05/2024 às 08:20h Atualizado 1 mês atrás por Matheus Rodrigues
As demissões ocorrem após a destituição de Jean Paul Prates. Imagem: Shutterstock,.

🚨 A Petrobras (PETR4) viveu recentemente uma profunda reestruturação interna, que culminou na demissão de cerca de 30 funcionários em cargos de confiança, logo após a destituição de Jean Paul Prates pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A rapidez com que essas demissões foram realizadas é vista como um movimento sem precedentes na estatal, sugerindo uma clara intenção de afastar quaisquer vínculos com a administração anterior.

O Ministério de Minas e Energia (MME) afirmou que não teve influência sobre as demissões, apesar de rumores internos apontarem o contrário.

A onda de desligamentos começou com figuras de alto escalão, como o diretor financeiro Sérgio Caetano Leite e o gerente executivo de Relações Institucionais, João Paulo Madruga, expandindo-se rapidamente para outros funcionários ligados a esses líderes e assessores diretos de Prates.

Essas ações não foram caracterizadas como uma purga ativa por parte da gestão interina de Clarice Coppetti, mas sim como o não-renovação de contratos já vinculados a Prates.

No entanto, usualmente, em casos de mudança de comando na estatal, há uma renovação temporária desses contratos para facilitar a transição.

Desta vez, essa prática foi negligenciada, marcando uma ruptura mais acentuada do que as transições anteriores.

Aindicação de Magda Chambriard como a nova presidente da Petrobras, que será efetivada imediatamente após sua eleição como conselheira e nomeação pelo Conselho, sem a necessidade de uma assembleia de acionistas, indica uma rápida progressão nos procedimentos internos da empresa.

 Essa nomeação ocorre em um contexto de tensões evidentes entre Prates e Pietro Mendes, presidente do Conselho de Administração e secretário de petróleo e gás do MME, com disputas que parecem ter influenciado profundamente o ambiente corporativo da estatal.

Essas mudanças profundas na Petrobras refletem não apenas decisões estratégicas em resposta a desafios internos, mas também um possível realinhamento com as diretrizes políticas do governo atual.

O movimento também mostra a complexa interação entre gestão corporativa e política na administração de uma das maiores companhias de petróleo do mundo.

A nova presidente da Petrobras

📊 Na noite da última terça-feira (14), a Petrobras (PETR4) anunciou uma significativa mudança em sua liderança. Magda Maria de Regina Chambriard foi nomeada a nova presidente da companhia e membro do conselho de administração, substituindo Jean Paul Prates.

A decisão ocorreu após um período de tensão e desgaste entre Prates e importantes figuras do governo, como os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa.

A troca no comando é vista por muitos como um reflexo da interferência política nas operações da estatal, um tema que continua a gerar debates acalorados sobre a autonomia e a estratégia futura da Petrobras.

Magda Chambriard, uma figura já conhecida nos círculos de energia e petróleo do Brasil, não é novata em posições de liderança e regulação no setor.

Com uma carreira que começou na Petrobras em 1980, Chambriard tem mais de quatro décadas de experiência, principalmente na área de produção de petróleo e gás.

Sua trajetória na estatal durou 22 anos, após os quais ela se juntou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), onde eventualmente ascendeu ao cargo de diretora-geral.