A Petrobras (PETR4) confirmou nesta sexta-feira (2) a troca do comando do seu CAE (Comitê de Auditoria Estatutária).
⛽ O CAE auxilia o Conselho de Administração da estatal na análise de assuntos como as demonstrações financeiras, a remuneração de acionistas e governança da empresa, além da gestão de riscos, os controles internos, o recebimento de denúncias e informações sobre erros e fraudes.
O comitê era presidido pelo conselheiro Francisco Petros, que foi indicado para o Conselho de Administração da Petrobras pelos acionistas minoritários detentores de ações ordinárias da companhia. Ele ficaria no comando do órgão até abril de 2025, mas teve o mandato encerrado antecipadamente, conforme antecipado pela agência "EPBR".
💰 Petros foi retirado do cargo depois de apresentar posição contrária à do governo em questões como a distribuição de dividendos extraordinários e a necessidade da convocação de uma assembleia de acionistas para a confirmação da eleição de Magda Chambriard para a presidência da Petrobras.
Em comunicado publicado nesta sexta-feira (2), a Petrobras confirmou que Francisco Petros foi substituído pelo conselheiro Jerônimo Antunes no comando do CAE. Antunes foi indicado pelos acionistas minoritários detentores de ações preferenciais para o Conselho de Administração da empresa.
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A Petrobras ressaltou que o novo presidente do CAE é "professor doutor de contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), com experiência robusta de atuação em Conselhos de Administração e também em comitês de auditoria, como o da própria Petrobras, da Eletrobras e da Vibra".
A companhia disse, então, que ele atende "integralmente aos requisitos para ocupar tal posição" e possui "o currículo mais aderente à função dentre todos os membros do Conselho de Administração".
Ainda de acordo com a Petrobras, esta foi a única alteração na composição do CAE. Além de Jerônimo Antunes, integram o comitê os membros externos Eugênio Tiago Chagas Cordeiro, Fábio Veras de Souza e Newton de Araújo Lopes.
De acordo com "alteração pontual" ao regimento interno do CAE aprovada pela Petrobras em 26 de julho, o comitê deve ser composto por maioria de membros independentes, dado seu papel de assessoramento técnico ao Conselho de Administração. Mas essa maioria pode composta por membros internos (conselheiros) ou externos.
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
Se ingressarem nos cofres do governo, os recursos contribuirão para compensar frustrações de receitas.
