Petrobras (PETR4) recupera valor de mercado pré-crise dos dividendos
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
A Petrobras (PETR4) colocou mais um navio-plataforma em operação no pré-sal nesta quarta-feira (30). É o Marechal Duque de Caxias (Mero 3), que promete elevar em 24% a capacidade instalada de produção do campo de Mero, no bloco de Libra.
⛽ Do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência), o Marechal Duque de Caxias tem capacidade de produzir até 180 mil barris de óleo e comprimir até 12 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
Por isso, 15 poços serão interligados à plataforma, sendo 8 produtores de óleo e 7 injetores de água e gás. Logo, a capacidade instalada de produção de Mero vai subir de 410 mil para 590 mil barris diários de petróleo.
O Marechal Duque de Caxias foi afretado junto à MISC, produtora de navios da Malásia. E, segundo a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, ainda contribuirá com o projeto da estatal "de manutenção de altos níveis de produção, priorização de tecnologias de descarbonização e cuidado com o meio-ambiente".
A expectativa é de que a plataforma use tecnologias inovadoras para aumentar a produção e reduzir a emissão e gases de efeito estufa. A partir de 2028, por exemplo, está previsto o acionamento de um equipamento que fará a separação do óleo e do gás já no fundo do oceano, o que deve desafogar a planta de processamento de gás da superfície e reduzir as emissões.
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Este é o terceiro sistema definitivo de produção do campo de Mero, que já conta o FPSO Guanabara (Mero 1) e FPSO Sepetiba (Mero 2) e vem impulsionando a produção de petróleo da Petrobras.
Ao apresentar os dados de produção do terceiro trimestre, a estatal destacou "o atingimento do topo de produção do FPSO Sepetiba, no campo de Mero, com a entrada em operação de 3 novos poços produtores".
Além disso, a Petrobras afirmou que a entrada em operação de novos sistemas de produção, como o FPSO Marechal Duque de Caxias, deve contribuir com a produção dos próximos trimestres. A CEO, Magda Chambriard, reforçou que a produção de petróleo deve acelerar em 2025.
De julho a setembro, a Petrobras produziu 2,689 milhões de barris de óleo equivalente por dia no terceiro trimestre deste ano. O dado ficou em linha com o do trimestre anterior, mas caiu 6,5% em relação ao mesmo período de 2023.
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
Se ingressarem nos cofres do governo, os recursos contribuirão para compensar frustrações de receitas.