Petrobras (PETR4) recupera valor de mercado pré-crise dos dividendos
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
💲 Em meio a expectativas do mercado sobre a política de dividendos da Petrobras (PETR4), o Morgan Stanley reforça sua projeção de distribuições extraordinárias para os próximos anos.
O banco estima que a estatal destine até US$ 3,5 bilhões (cerca de R$ 19,9 bilhões) em dividendos adicionais aos acionistas, amparada em seu saldo robusto de caixa e um fluxo de caixa operacional sólido.
Com a divulgação do plano de negócios de longo prazo da Petrobras, agendada para o final do mês, a previsão do Morgan sinaliza uma perspectiva positiva para os investidores da empresa.
O banco projeta que, entre o quarto trimestre de 2024 e o quarto trimestre de 2026, o caixa excedente da Petrobras se manterá entre US$ 6 bilhões e US$ 10 bilhões, após a realização de investimentos anuais da ordem de US$ 15,4 bilhões.
Este cenário é impulsionado pelos fluxos de caixa recorrentes, combinados a um saldo de referência de US$ 8 bilhões.
Para 2024 e 2025, o banco aponta distribuições extras de US$ 3,5 bilhões anuais, assegurando à Petrobras uma posição financeira confortável e dentro dos limites de alavancagem previamente estabelecidos, com uma dívida máxima projetada de US$ 65 bilhões.
Mesmo em um contexto de preços de petróleo flutuantes, que atualmente se situam entre US$ 70 e US$ 80 por barril, o banco mantém uma visão positiva.
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A projeção do Morgan para o preço do petróleo é de US$ 73 por barril em 2025 e US$ 71 em 2026, garantindo estabilidade ao fluxo de caixa da Petrobras, salvo oscilações drásticas.
O banco também alerta para possíveis riscos, como a volatilidade do preço do petróleo e contingências fiscais que poderiam impactar as distribuições de dividendos.
Caso os preços do petróleo recuem para a faixa de US$ 50 a US$ 55 por barril no próximo ano, a Petrobras poderia adotar um orçamento de investimentos mais cauteloso, com cortes de até US$ 1,5 bilhão anuais em capex, visando manter a resiliência de caixa.
📈 Apesar desses riscos, Morgan mantém uma visão otimista e uma recomendação “overweight” para as ações da Petrobras, prevendo um dividend yield atraente de 21,2%.
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
Se ingressarem nos cofres do governo, os recursos contribuirão para compensar frustrações de receitas.