Petrobras (PETR4) produz 2,8 milhões de barris de petróleo no 1T25; recorde em pré-sal
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A Petrobras (PETR4) divulgou dados positivos de produção nessa terça-feira (29). E, com isso, renovou a expectativa dos analistas de que a companhia apresente resultados melhores e dividendos bilionários no primeiro trimestre de 2025.
⛽ A companhia produziu 2,77 milhões de barris equivalentes de óleo por dia no primeiro trimestre de 2025. O resultado subiu 5,4% na comparação com o quarto trimestre de 2024, impulsionado pelo menor volume de perdas por paradas para manutenções e uma maior produção do pré-sal.
Na comparação com o mesmo período de 2024, a produção da Petrobras teve um leve recuo de 0,2%. Ainda assim, os analistas classificaram o dado como positivo e dentro das expectativas.
Em relatório enviado a investidores, o BTG Pactual classificou o resultado operacional como "animador", sobretudo depois da "decepção" do segundo semestre de 2024, quando a produção da estatal cedeu.
Para os analistas do banco, o resultado mostra que as paradas por manutenção que prejudicaram a produção no ano passado devem diminuir no futuro e ainda refletiu importantes ramp-ups em plataformas que devem continuar ampliando sua produção no curto prazo.
O BTG Pactual acredita, então, que a Petrobras conseguirá entregar seu guidance de produção neste ano e ainda apresentará resultados melhores que os do quarto trimestre de 2024 no primeiro trimestre de 2025.
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💲 Pelos cálculos do BTG Pactual, a Petrobras deve reportar um Ebitda ajustado de US$ 11,5 bilhões no seu próximo balanço, 16,8% maior do que o do quarto trimestre de 2024.
Santander e Itaú BBA também antecipam uma melhora do indicador, devido ao aumento da produção e às melhores margens de refino. Contudo, projetam um Ebitda ajustado de US$ 11,4 bilhões e US$ 9,9 bilhões para o período, respectivamente.
Além disso, os analistas preveem uma redução do nível de investimentos da Petrobras, que subiu no último trimestre de 2024 por causa da antecipação de investimentos bilionários no campo de Búzios.
E lembram: a redução do capex deve levar a uma melhora do fluxo de caixa livre da companhia e, assim, liberar o pagamento de dividendos bilionários pela estatal.
💰 O BTG Pactual acredita que a Petrobras deve distribuir US$ 1,6 bilhão em dividendos com base nos resultados do primeiro trimestre de 2025. É o equivalente a R$ 0,72 por ação e a um DY (Dividend Yield) de 2,3%.
Contudo, o Itaú BBA vê espaço para o pagamento de US$ 2,4 bilhões em dividendos ordinários, o equivalente a R$ 14 bilhões. Por isso, projeta um DY de 3,6% para o trimestre.
Já o Santander acredita que os dividendos trimestrais da Petrobras podem chegar a US$ 2,5 bilhões. Os analistas do banco projetam um DY de 3,3% no trimestre e de 13% no ano. Por isso, apontam a Petrobras como a "top pick" do setor.
O provento deve ser anunciado junto com os resultados financeiro do primeiro trimestre de 2025, no próximo dia 12 de maio.
✂️ Assim como o Santander, BTG Pactual e Itaú BBA mantiveram a recomendação de compra para as ações da Petrobras. O BB Investimentos, por outro lado, cortou a recomendação para o papel, de compra para neutra.
Em relatório, o analista Daniel Cobucci do BB Investimentos reconheceu que os dados de produção da estatal no primeiro trimestre vieram em linha com a expectativa e mostraram "importantes avanços operacionais".
Ele acredita, contudo, que as oscilações dos preços do petróleo que vêm sendo registradas no atual contexto de guerra tarifária podem afetar as cotações das petroleiras.
"Ainda que os dados reportados sejam majoritariamente positivos, entendemos que o contexto do setor ganhou fortes incertezas em relação à demanda por petróleo, o que já vem se refletindo nos preços da commodity", afirmou.
O analista ressaltou que "pela primeira vez desde 2021, vimos o Brent negociado abaixo dos US$ 70/barril, acumulando quedas de ~15% apenas neste mês, e isso em meio à recente elevação de estoques nos Estados Unidos e discussões sobre aumento da produção por membros da Opep+".
Ainda assim, disse que mantém um "olhar construtivo" para a Petrobras. Na sua avaliação, o foco no pré-sal, o baixo patamar de alavancagem e a política de dividendos da companhia dão suporte para um "viés otimista no longo prazo". Contudo, no atual cenário global, seria apropriado "esperar melhores condições antes de retomar as compras nesse segmento".
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