A Petrobras (PETR4) anunciou nesta sexta-feira (12) a expansão das suas atividades na África, por meio da aquisição de uma participação de 27,5% em um bloco de petróleo situado em São Tomé e Príncipe.
O negócio foi fechado com a Shell (SHEL), que detinha 85% dos direitos de exploração do ativo, mas decidiu reduzir a sua participação, vendendo fatias para a Petrobras e para a portuguesa Galp.
Com isso, o consórcio referente ao bloco 4 de São Tomé e Príncipe passou a ser constituído da seguinte forma:
Diretor-executivo da Agência Nacional de Petróleo de São Tomé e Príncipe, Álvaro Silva disse a jornalistas que a Shell foi em busca de parceiros para ajudá-la a fazer os trabalhos de exploração de petróleo no bloco, previstos para o próximo ano.
💲 "Este é um negócio de risco, com investimento avultado, então a Shell trouxe parceiros para não correr o risco sozinha", afirmou Silva, segundo o jornal português "Expresso".
Em comunicado ao mercado, a Petrobras disse que a operação reforça a sua atuação exploratória no continente africano, "com o propósito de diversificação de portfólio".
🛢 O negócio ainda está alinhado à estratégia de longo prazo da companhia brasileira, que visa "recomposição das reservas de petróleo e gás por meio de exploração de novas fronteiras e atuação em parceria".
A Petrobras não revelou o valor do negócio. Disse apenas que a aquisição "observou todos os trâmites internos de governança da companhia e está conformidade com o Plano Estratégico 2025-2029".
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A Petrobras voltou ao continente africano em fevereiro de 2024, por meio da compra de participações em três blocos exploratórios que também estão situados em São Tomé e Príncipe e são operados em conjunto com a Shell.
Em outubro do ano passado, a estatal também anunciou a aquisição de uma participação em um bloco situado na África do Sul, desta vez por meio de um processo competitivo promovido pela francesa TotalEnergies.
A Petrobras tem buscado novas fronteiras de exploração de petróleo para garantir que a sua produção de petróleo continuará em crescimento. Afinal, há uma previsão de declínio na produção do pré-sal a partir de 2030.
Nesse sentido, a companhia tem apostado na África, mas também mira a exploração de petróleo na Margem Equatorial e na Bacia de Pelotas, no Norte e no Sul do Brasil, respectivamente.
JP Morgan vê investimento de US$ 2,2 bi com retorno atrativo, mas aponta impacto de até 1,2% nos pagamentos aos acionistas.
Do total, US$ 1 bilhão vence em 2030 e outros US$ 1 bilhão em 2036.
