O cenário de incertezas reacendeu a busca por ativos considerados mais seguros, como o
ouro, e fortaleceu o interesse em ações do setor elétrico brasileiro, tradicionalmente visto como defensivo.
Nesse contexto, o metal precioso voltou a ser destaque nas carteiras de investidores globais.
Para a corretora, essas empresas estão bem posicionadas para enfrentar a volatilidade global, com potencial de valorização sustentado por fundamentos sólidos.
Temporada de balanços movimenta mercados
Nos Estados Unidos, grandes empresas já começaram a divulgar seus números, com resultados em linha com as expectativas e um viés positivo sobre o crescimento dos lucros por ação.
No Brasil, a divulgação mais intensa começa a partir do dia 22 de outubro, com atenção especial voltada para margens operacionais, repasse de custos, impactos de juros elevados e variações cambiais sobre os resultados.
A XP destacou que, mesmo em meio às incertezas externas, o ambiente doméstico permanece resiliente, com recuperação gradual do consumo e relativa estabilidade dos principais indicadores econômicos.
Utilities em evidência: XP vê novo ciclo para o setor elétrico
O setor de energia elétrica no Brasil vive uma transformação estrutural. De acordo com relatório recente da XP, há um movimento de realocação de riscos dentro dos segmentos de geração, transmissão e distribuição, o que cria oportunidades para investidores.
A casa aposta em Neoenergia, CPFL e Light como nomes com bom potencial de valorização, apoiados em fundamentos como eficiência operacional, digitalização de redes, maior adoção de energias renováveis e estabilidade regulatória.
Mesmo com a volatilidade dos mercados internacionais, o setor de utilities mantém características defensivas e vem sendo visto como porto seguro em tempos de incerteza, especialmente por investidores mais conservadores.
Ouro volta aos holofotes
Com a cotação do barril de petróleo recuando e dúvidas sobre os rumos da política monetária americana, o metal precioso ganhou novamente status de refúgio seguro.
A valorização recente tem sido impulsionada por temores de desaceleração da economia americana e expectativas de que o Federal Reserve possa adotar uma postura mais cautelosa nas próximas reuniões.
Especialistas lembram que, embora o ouro seja visto como proteção contra riscos cambiais e inflação, ele também carrega alta volatilidade e exige visão de longo prazo do investidor.
Contagem regressiva para a COP30 em Belém
Faltando poucas semanas para a realização da COP30 em Belém (PA), governos e empresas se preparam para discutir medidas climáticas urgentes. A conferência deste ano deve abordar metas de descarbonização, uso sustentável da terra e preservação da biodiversidade.
A expectativa é que o Brasil assuma papel de destaque como liderança global em bioeconomia e transição energética, aproveitando o momento para atrair investimentos sustentáveis e consolidar sua imagem de protagonista ambiental.
Eletrobras reduz exposição ao vender Eletronuclear
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Eletrobras (ELET6) anunciou a venda de sua participação na Eletronuclear ao grupo J&F, em uma operação de R$ 535 milhões.
Apesar do valor abaixo do considerado justo por parte do mercado, o desinvestimento foi bem recebido por investidores, ao reduzir riscos e obrigações futuras da estatal.
📈 A venda se alinha à estratégia de foco em ativos renováveis e de transmissão, parte do processo de reestruturação da companhia desde sua privatização.