Nesta terça-feira (2), a Sabesp (SBSP3) informou ter encontrado uma ligação irregular de água em um dos prédios em construção pela Cury (CURY3). A empresa de saneamento diz que o suposto gato de água foi identificado no bairro do Pari, em São Paulo.
Segundo os cálculos feitos pela Sabesp, o furto de água teria causado um prejuízo de R$ 265 mil, conforme destacou uma reportagem da IstoÉ Dinheiro. O valor foi calculado com base em uma construção do mesmo porte e será cobrado da construtora nas próximas semanas.
A Sabesp também afirmou ter aberto um boletim de ocorrência no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), ligado à Polícia Civil de SP. Já a Cury nega as acusações e diz que o fornecimento de água no canteiro em questão está normal.
“O fornecimento de água em seu canteiro está regular, devidamente cadastrado, com medição mensal pela Sabesp e pagamentos em dia pela construtora”, diz nota. “Assim que concluídos os levantamentos, será plenamente evidenciado que não houve qualquer irregularidade por parte da obra”. “Reiteramos nosso compromisso com a legalidade e a transparência”, completa o comunicado.
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A descoberta teria sido feita no âmbito da Operação Gato Molhado, que investiga ligações clandestinas em imóveis da cidade e da região metropolitana de São Paulo. A Sabesp diz que mais da metade das irregularidades identificadas durante as averiguações foram encontradas na construção civil.
“Estamos mapeando novas obras na cidade e fiscalizando aquelas nas quais o setor de inteligência da Sabesp e as equipes de rua suspeitam de alguma irregularidade”, afirmou o coordenador de combate às irregularidades da Sabesp, Gabriel Seibarauskas, à reportagem.
Em um comunicado anterior, a empresa havia destacado a descoberta de academias e pizzarias que usavam uma rede irregular que se conectava ao tratamento de água e esgoto. Apenas em um desses casos, o prejuízo acumulado seria de R$ 130 mil, embora a Sabesp não tenha dado detalhes sobre a descoberta.
A Sabesp é uma das empresas que mais se valorizaram neste ano, com alta de 36% nas ações negociadas na B3. Nesta terça, os papéis operam com baixa de quase 1%, mas se mantêm na casa dos R$ 120.
Atualmente, o valor de mercado da ex-estatal é de R$ 80 bilhões, ocupando a posição de número 17 entre as empresas mais valiosas do país. Quem apostou R$ 1 mil no ticker da companhia há cinco anos, por exemplo, viu a carteira de investimentos expandir para R$ 2.656, segundo monitor do Investidor 10.
Empresa diminui custos e despesas no intervalo de um ano, o que ajudou na alta do lucro.
A liquidação está prevista para ocorrer em 31 de julho, disse a empresa em comunicado.
